Meio & Mensagem
13 de maio de 2013 - 4h49
Uma grande amiga minha, separada faz algum tempo, começou a sair com um cara. No começo ele era só isso mesmo, "um cara". Mas com o tempo ele ganhou um nome, um sobrenome e até um apelido fofinho.
E foi aí que ela achou que já era hora de apresentar o cara pro seu filho de dez anos. Passam-se seis meses e o filho da minha amiga e o cara se dão muito bem, obrigado.
Bem a ponto de um dia, quando estavam apenas os dois no carro a caminho do McDonald’s, o filho da minha amiga perguntar à queima-roupa pro cara:
– Você já fez sexo com a minha mãe?
Pego de surpresa, o namorado da minha amiga responde:
– Sim, mas foi só uma vez e bem rapidinho.
Quando ouvi essa história, me contorci de tanto rir e registrei mentalmente que ela daria um excelente roteiro para um comercial. Mas logo desisti.
É o tipo de história que, por mais saborosa e cativante que seja, não sobrevive a um comitê de aprovação de campanhas publicitárias (pra não falar nas pesquisas).
Tem uma mãe solteira, tem a palavra sexo, tem uma criança de dez anos falando a palavra sexo e alguém confirmando que um dia já fez sexo. É muita verdade junta pro Truman Show que, infelizmente, grande parte dos anunciantes quer para suas campanhas publicitárias.
Se fosse diferente, se as boas histórias pudessem ganhar as telas, talvez os anunciantes não precisassem gastar tanto em GRP’s , first watch’s, masthead’s e outras técnicas elaboradas de mídia para inflar os cliques e likes de suas campanhas.
O que nos leva a outra vantagem das boas histórias para vocês, anunciantes: elas economizam seu dinheiro. Vamos a elas.
Ricardo John, chief creative officer da JWT
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