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Comunicação

“Indústria precisa desesperadamente de coragem”

Cindy Gallop, consultora e ativista pela diversidade, quer que publicitárias e publicitários sigam o exemplo do caso Harvey Weinstein e dêem nomes a assediadores


27 de outubro de 2017 - 16h01

Por Lindsay Stein, do Advertising Age

Na semana passada, a consultora e ativista pela diversidade Cindy Gallop, por meio de um post no Facebook, convocou as profissionais da indústria da comunicação a falar sobre casos de assédio no trabalho – a exemplo do que aconteceu em Hollywood com a profusão de denúncias de atrizes contra Harvey Weinstein, culminando na demissão do executivo de sua própria empresa.

 Desde que publicou o pedido em seu feed, Cindy disse que recebeu inúmeros e-mails com “histórias chocantes de mulheres e de alguns homens que querem que a justiça seja feita na indústria no mundo inteiro”. Porém, a maioria dos relatos enviados à profissional, que também é fundadora da IfWeRanTheWorld e da Make Love Not Porn, pediam anonimato por medo de retaliação. Ela conta que os relatos não são somente sobre o abuso de poder por parte de executivos brancos da indústria, mas também sobre os departamentos de RH e gerência das agências demitindo assediadores sexuais sem tornar público o motivo; líderes que foram complacentes ou riram do assédio; e mulheres que sofreram “lavagem cerebral cultural” para serem complacentes.

Depois que Quentin Tarantino divulgou um comunicado dizendo que gostaria de ter se manifestado sobre as

alegações contra Weinstein, Cindy reforçou a necessidade de falar sobre o assédio na indústria compartilhando tuítes de alguns de seus seguidores pedindo que os homens do universo publicitário não sigam o exemplo do cineasta e tomem partido sobre o assunto.

Independentemente de quantas iniciativas em prol da diversidade sejam lançadas pela indústria, Cindy afirma que nada irá mudar se as pessoas não falarem. “Precisamos desesperadamente de coragem. Estou pedindo que algumas mulheres – e homens – da nossa indústria se manifestem e sejam corajosos o bastante para falar, para colocar seus nomes em suas histórias e expor ao público os assediadores”.

Cindy pede que as pessoas interessadas que trabalhem na indústria em qualquer parte do mundo mandem um e-mail para ela no endereço cindy@ifwerantheworld.com. Ela diz que, assim como no caso Weinsten, “as primeiras corajosas o bastante para falar serão as que abrirão os portões e serão acompanhadas por muitas e muitos outros”.

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