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Tecnologia e varejo puxam ranking BrandZ global 2020

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Tecnologia e varejo puxam ranking BrandZ global 2020

Liderada por Amazon e Apple, lista das 100 Marcas Mais Valiosas do Mundo avança 5,9% e ultrapassa patamar de US$ 5 trilhões


3 de setembro de 2020 - 9h33

Oferecer maior acesso e facilidade nos canais online e off-line, além de comodidade e conforto, mesmo antes do período de distanciamento social em função da pandemia de Covid-19, foi um ponto em comum entre as empresas que tiveram desempenho positivo em valor de marca no ranking das 100 Marcas Mais Valiosas do Mundo BrandZ 2020, elaborado pela Kantar em parceria com o grupo WPP.

A ponta da tabela não apresentou mudanças. A Amazon, que manteve a liderança, registrou crescimento de 32% no valor de marca, chegando a mais de US$ 415 bilhões, seguida pela Apple, que teve incremento de 14%, ultrapassando US$ 352 bilhões. As companhias, por sinal, representam os setores de melhor desempenho nesta edição do levantamento. O varejo, que emplacou três nomes no Top 25, apresentou um crescimento de 21% no valor total de marca (mais de US$ 785 bilhões), seguido pela área de tecnologia, com sete representantes entre as 25 primeiras e incremento de 10% (mais de US$ 1,5 trilhão).

Além da Amazon, as varejistas presentes no Top 25 são a chinesa Alibaba, em sexto lugar, e a norte-americana Home Depot, na décima-sexta colocação. O grupo de tecnologia inclui, ainda, Microsoft (terceiro lugar), Google (quarto), Tencent (sétimo), Facebook (oitavo), IBM (décimo-quarto) e SAP (décimo-sétimo).

“A inovação provou ser um fator essencial para o crescimento das Top 100 deste ano e uma maneira de evitar o declínio. A criatividade também é uma característica importante para as marcas mais valiosas do mundo. Empresas como Amazon, Apple e Google, os gigantes da tecnologia que continuam inovando, combinam com sucesso as duas, continuando relevantes para a vida dos consumidores e facilitando a escolha da marca”, analisou Doreen
Wang, líder global do BrandZ na Kantar, durante o lançamento do estudo.

Na soma total, as 100 marcas presentes no estudo ultrapassaram o patamar de US$ 5 trilhões em valor, o que representou um aumento de 5,9% em relação a edição anterior do levantamento, mesmo com os impactos econômicos e sociais da pandemia do novo coronavírus. Desde 2006, quando esta cifra do ranking superou o montante de US$ 1 trilhão pela primeira vez, o grupo das 100 marcas mais valiosas do mundo acumula incremento de 245% no valor combinado.

Na lista das marcas de maior crescimento estão o licor chinês Moutai (58%), que aparece em 18º lugar; o Instagram (47%), 290; a fabricante de vestuário Lululemon (40%), mesmo assim fora das Top 100; a varejista Costco (35%), 470; a Netflix (34%), 260; a Amazon (32%); o Linkedin (31%), 430; a Microsoft (30%), 30; a Adobe (29%), 350; e a plataforma de lifestyle Meituan (27%), 540. Já as novatas no ranking são a rede social TikTok (79a colocação), UnitedHealthCare (86a), Bank of China (97a), Lancôme (98a) e Pepsi (99a).

Menor volatilidade
O desempenho das 100 Marcas Mais Valiosas demonstrou maior resistência e menor volatilidade no atual cenário do que durante a crise econômica global de 2008 e 2009, registrando um crescimento de US$ 277 bilhões em relação ao ano anterior. O ranking utiliza dados de avaliações que incorporam o desempenho do preço das ações desde abril de 2020 para refletir o impacto da Covid-19. O ranking BrandZ, que está em sua 15ª edição, combina dados de mercado analisados pela Bloomberg com informações de mais de 3,8 milhões de consumidores em todo o mundo, cobrindo mais de 17,5 mil marcas de 51 mercados.

Segundo a análise, neste cenário de incerteza, as empresas que investiram em marketing de longo prazo e na construção de marcas conseguiram evitar o pior da crise. Antes da pandemia, o valor total do ranking estava definido para aumentar em 9%. “Embora a pandemia tenha impactado a todos, independentemente do tamanho ou da geografia, o investimento consistente em marketing pode e ajudará a sobreviver a uma crise”, afirmou David Roth, CEO da The Store WPP EMEA e Asia e chairman do BrandZ, durante o lançamento.

A íntegra desta reportagem está publicada na edição especial Agências & Anunciantes, de Meio & Mensagem, que até o fim do mês pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo.

 

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