Cosin mapeia áreas do varejo mais afetadas pela pandemia

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Cosin mapeia áreas do varejo mais afetadas pela pandemia

Turismo, luxo, eletrônico e móveis caem, varejos alimentar e farma seguem em alta; Cosin faz recomendações em pontos críticos


7 de abril de 2020 - 6h00

Alimentos é categoria que segue em alta, mas com intensificação da crise, até ela pode diminuir ritmo (Crédito: FG Trade/ iStock)

Turismo, Artigos de Luxo, Moda, Eletrônico e Móveis são as categorias no varejo que mais estão sendo negativamente afetadas pela pandemia de coronavírus. Por outro lado, seguem tendo picos de demanda os varejos alimentar e farmacêutico.

A conclusão é da Cosin Consulting, consultoria de negócios do Grupo Dan, ao cruzar dados estatísticos globais, informações exclusivas sobre o Brasil e as de países onde o Covid-19 chegou antes, como Itália, Espanha, Alemanha e Estados Unidos. Citando dados da Cielo, a Cosin aponta que drogarias e farmácias tiveram crescimento de 20% e os supermercados e hipermercados, de 23,1% no período de 9 a 15 de março de 2020 em comparação a 11 a 17 de março de 2019. Já restaurantes, bares, serviços e combustíveis, por conta do confinamento social, foram “severamente impactados”, de acordo com Ricardo Kamaura, responsável pelo estudo, mas, por outro lado, têm a demanda por delivery incrementada.

Segundo o pesquisador, o comportamento das pessoas globalmente tem sido semelhante: focar em alimentação, higiene e entretenimento e capacitação, dentro do lar e, por outro lado, adiar decisões que envolvam um desembolso mais alto, dado o cenário econômico incerto. Consequentemente, afirma, os varejistas devem mostrar rapidez adaptativa, caso queiram manter vivos seus negócios.

Ele separa três grupos, cuja experiência antecipada da pandemia em outros países, pode servir de lição ao Brasil:

Varejo alimentar e farmacêutico: mesmo tendo picos de demanda no início da crise, com pessoas fazendo estoque de produtos, com o agravamento da situação até essas categorias podem passar a sofrer com os fechamentos de lojas e restrições de circulação.

Varejo de moda, eletrônico e móveis: a retração foi rápida, começando pelos itens de ticket médio mais elevado ou que demandavam financiamento; a queda foi acentuada pelo fato de serem muito dependentes do tráfego em loja e venda assistida.

Restaurantes, Bares, Serviços e Combustíveis: setor que mais rapidamente sentiu o baque do confinamento social, já que as pessoas passaram a se alimentar em casa e parte da demanda foi para o delivery ou, caso dos serviços não essenciais, como salões de beleza e oficinas, serviços foram adiados ou cancelados; a restrição de circulação também afetou postos de combustível e demanda dos transportes por apps — estes, no entanto, podem se engajar em serviços de entrega de comida e objetos.

Com tudo isso, a Cosin Consulting sugere que as empresas que ainda não o tenham feito criem um Comitê de Crise com a participação da alta liderança e promovam adequações urgentes em sete áreas que considera as principais nos varejistas: Financeiro, Operação das Lojas, Supply Chain, Comercial, Marketing, TI e RH.

Abaixo, as indicações a cada uma delas:

Pessoas – ações de proteção a funcionários; estabelecer meios de trabalho remoto, cancelamento de treinamentos não essenciais; elaborar alternativas para redução de cargas, férias, licenças não remuneradas, movimentações.

Marketing – plano de comunicação interna e externa; revisão de calendário promocional; reavaliação dos investimentos em mídia; ações de CRM com conteúdo relevante para o cliente/paciente.

Operações de lojas – manutenção do funcionamento das lojas, minimizando riscos de contágio; plano de fechamento temporário, realocações de quadro e horários de abertura; definição de lojas prioritárias para funcionamento.

Supply chain – avaliação dos produtos críticos, inventários disponíveis e planos de distribuição; alinhamento de operações logísticas com fornecedores; novas roteirizações e priorização de entregas; nova parametrização do abastecimento de lojas.

TI – Identificar sistemas críticos e contingências; garantir infra de operação e de acessos remotos; reforço na estrutura de e-commerce (capacidade, disponibilidade); postergação de projetos não críticos.

Financeiro – foco na gestão de caixa / preparação para momento de cobertura de despesas com impacto em receitas; avaliação de linhas de crédito emergenciais.

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