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LGBTQIA+ são os maiores consumidores no digital

 Estudo da Nielsen e da Toluna aponta público como maior consumidor nos streamings e no conteúdo de influenciadores; grupo não enxerga apoio sincero das marcas e tem baixo recall das campanhas 


23 de junho de 2021 - 15h32

72% dos entrevistados LGBTQIA+ afirmaram comprar de marcas que mostram apoio a causa (Crédito: Tristan Billet/Unsplash)

A pesquisa “Comunidade LGBTQIA+: o que está em foco?”, realizada pela Nielsen em parceria com a Toluna, apontou a comunidade com a maior consumidora de conteúdo e produtos online, porém, apesar de 72% dos entrevistados afirmarem que compram de marcas que se posicionam, 57%  declaram que não acreditam que o posicionamento ocorra de forma orgânica e sim por interesse próprio. Os dados mostram também que as publicidades voltadas para o movimento não são muito marcantes: 27% do público LGBTQIA+ declara não se lembrar de ter visto alguma publicidade e elas são menos lembradas ainda por não pertencentes ao grupo. Com relação às mensagens notadas pelo grupo por seguimento, moda aparece em primeiro com roupas, sapatos e acessórios, seguidos por bebidas e maquiagem.

“Precisamos primeiro ser, para depois parecer. Não adianta termos um discurso muito bacana e inclusivo se eu não tenho isso dentro de casa, então, o meu desafio é garantir a consistência do discurso que vai para fora. Aqui dentro de casa nós temos que fazer uma cultura inclusiva e diversa ao longo do ano inteiro antes de levantar qualquer bandeira”, comentou Michelle Carneiro, gerente de comunicação interna e diversidade e inclusão da Ame Digital, durante o lançamento do estudo.

A pesquisa entrevistou 1455 pessoas na semana do dia 15 de maio e foi apresentada pela Nielsen nessa quarta-feira, 23, em um encontro online que reuniu Michelle Carneiro, Rafa Lotto, sócia e head de planejamento da Youpix; Thaís Souza Nicolau, diretora regional de branding do Mercado Livre; Raphael Lima, pesquisador em comunicação e mestre em cultura e sociedade; e Nick Nagari, criador de conteúdo, para debater a questão na publicidade.

“O nosso propósito é promover um futuro de mídia melhor para todas as pessoas. Nós entendemos que estamos abraçando não só a diversidade, mas a equidade e inclusão, porque se não pudermos representar uma sociedade da forma que ela é, plural, com nossos dados e análises, não estaremos fazendo um bom trabalho”, comenta Sabrina Balhes, líder de media measurement da Nielsen Brasil. 

Maiores consumidores do digital
Os dados da pesquisa revelam que esse é um público altamente conectado, 81% dos entrevistados declaram que consomem streaming com alta frequência semanal, com preferência para YouTube, Netflix e Amazon Prime Video, e afirmaram gastar mais de nove horas semanais em atividades online, uma porcentagem maior quando comparado aos que não fazem parte da comunidade. Eles são também o público que mais acompanha conteúdo de TV e de influenciadores, sendo um forte consumidor de tendências, o que indica uma oportunidade para o mercado de marketing de influência.

“Antigamente, as marcas falavam com seu consumidor através de um veículo e uma personalidade que as representavam e estavam sempre dentro do padrão. Hoje, existem nove milhões de pessoas que se identificam como criadores de conteúdo no Brasil, então, existem muitas vozes a serem ouvidas e no momento que essa comunicação se descentraliza e sai da mão da marca, elas estão começando a compreender essa nova maneira de se comunicar e entendendo que esse lugar é também de diversidade e de se comunicar com comunidades que ela não se comunicava antes. Os influencers interagem e têm autoridade com seus seguidores”, comenta Rafa Lotto, sócia e head de planejamento da Youpix.

Com relação a conectividade, o grupo apresenta um alto nível de acesso à internet fora de casa, acessando em sua maioria por smartphones, seguidos por notebooks, com a conexão em sua grande parte realizada após às 22h para ver as notícias em sites ou aplicativos e com um forte hábito de compras online, sendo alimentos, vestuário e bebidas os principais produtos procurados. Segundo Balhes, esse é um público muito conectado e isso reflete na forma como ele avalia e interage com as marcas. 

**Crédito da imagem no topo: Mercedes Mehling/Unsplash

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