Educação e profissionalização são essenciais para jovens influencers

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Educação e profissionalização são essenciais para jovens influencers

Caso do criador de conteúdo Luva de Pedreiro traz à tona discussões sobre preparo de jovens criadores de conteúdo que acabam de chegar no meio


12 de julho de 2022 - 6h01

Após se tornar um fenômeno na internet e protagonizar campanhas para marcas como Amazon, Iran Santana Alves, o criador de conteúdo conhecido como Luva de Pedreiro, revelou problemas relacionados ao contrato assinado com seu antigo empresário, Allan Jesus. Segundo alega o influencer, o empresário não pagava sua parte em contratos publicitários. A repercussão do caso ilumina um problema que pode abarcar inúmeros de profissionais que trabalham com criação de conteúdo: como educar e proteger a carreira de jovens que iniciam nesse meio?

 

(Crédito: Divulgação/Shutterstock)

A educação e o ensino fazem parte do caminho para que esses profissionais consigam gerenciar suas carreiras com segurança, seja na hora de escolher um parceiro para trabalhar, ou quando precisam assinar um contrato. O sócio e diretor da Social Tailors, agência especializada em conectar pessoas e marcas, Mayer Mirmovicz, explica que os influenciadores que chegam ao casting da empresa muitas vezes estão em estágios de conhecimento diferentes. “Tem os que estão mais maduros, mais preparados, mas percebemos que existem muitos em início de carreira ou que estão migrando de área, e muitas vezes eles não têm um amparo”, avalia.

Por esse motivo, existe uma preocupação crescente em fazer com que os criadores de conteúdo entendam o seu papel no organograma da produção, reforçando que esse vai além da entrega de vídeos ou posts. A diretora artística do Digital Favela, Simone Graziela, trabalha diretamente com jovens na empresa que dá espaço e fomenta a inserção de influenciadores das favelas em cases com marcas, e avalia ser importante ensiná-los a trabalhar.

A executiva reforça a importância de ser transparente com os jovens e incluí-los nos diálogos referentes à contratos e marcas. “Aqui os influenciadores acompanham todas as trocas de e-mail. Somos responsáveis por todo o atendimento”, explica. Mas nem sempre é fácil entender os trâmites. Simone diz que uma das funções do Digital Favela na vida e carreira desses produtores é traduzir toda a parte jurídica. “Fazemos o ‘Google translator’ transformando o ‘juridiquês’ em uma linguagem do dia a dia”, conta.

 

Simone Grazielle reforça que “a agência é importante porque traz mais visibilidade, as vezes ele não alcança determinadas marcas” (Crédito: Divulgação)

O novo empresário de Luva de Pedreiro, o ex-jogador de futsal, dono da empresa F12 – voltada aos segmentos de apostas esportivas e entretenimento –, Alessandro Rosa Vieira, mais conhecido como Falcão, afirmou durante a sua participação no podcast Flow Sport Club, que uma das exigências realizadas pela empresa ao amparar Iran é que o influenciador aprenda a ler e escrever e volte a estudar. “Eu falei: você tem que estudar. Você tem 20 anos, você precisa estudar”, disse.

As empresas que trabalham com esses profissionais são responsáveis por eles e por impulsionar o ecossistema de trabalho, que está em constante mudança. Por isso, elas podem ajudar a desenvolver um ambiente de ensino, em que o criador de conteúdo passe por um treinamento básico, ou media training, que auxiliam no início do desenvolvimento.

Além disso, Mirmovicz, chama a atenção para as agências de marketing de influência em auxiliar nos processos de parcerias com as marcas, já que muitas têm uma “herança” de trabalhar com outro tipo de publicidade, mais tradicional, e cujos contratos os criadores não conhecem. “Conseguimos trazer algumas preocupações que apesar de burocráticas são necessárias, como direito de imagem. Pedimos que o influenciador assine porque é um direito personalíssimo, e isso dá uma visibilidade para que ele saiba o que está assinando”, exemplifica.

Como esse é um cenário que ainda está no começo de suas atividades, e passando por mudanças, os cursos ainda são inconstantes, mas se mostram importantes, seja no nicho de produtores, agências ou judiciais. Simone, do Digital Favela, acredita que a tendência é que o surgimento de cursos especializados – e acessíveis – seja eminente, mas cita, como exemplo, o YouPix que faz curadoria e consultoria, além do mapeamento das necessidades do mercado para a criação de aulas com base nas demandas apresentadas.

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