Empregos do futuro e o segredo para não ficar obsoleto

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Opinião

Empregos do futuro e o segredo para não ficar obsoleto

As evoluções tecnológicas e as mudanças nos planos de carreiras futuras não são uma novidade na história da humanidade, basta olhar para como era o mundo 50 ou 100 anos atrás


19 de abril de 2017 - 10h00

O mundo está em rápida transformação e, com ele, as carreiras, os empregos e as pessoas acompanham esse movimento. 65% das crianças que ingressam hoje na escola fundamental irão exercer um trabalho que ainda não existe, de acordo com o World Economic Forum. Muitos comentam e reclamam da velocidade dessa transformação, mas não somos a primeira geração a passar por isso, somos a terceira ou quarta geração e já estamos “descolados”.

Imagen-iotNo futuro, caberá aos humanos as atividades mais humanas e menos exatas. O ser humano não precisará fazer nada que um computador e/ou uma máquina consiga fazer. Dr. Carl Frey e Dr. Michael Osborne, da Universidade de Oxford, previram que 40% das funções serão automatizadas no futuro. Hoje, em 2017, inteligência artificial é uma realidade e está em brinquedos, no Facebook e coisas mais sérias: máquinas operam máquinas, computadores escrevem livros, e diagnósticos médicos são automatizados. No futuro, o mundo será ainda mais automatizado.

Ainda não temos clareza sobre as novas tecnologias, novas funções e as carreiras do futuro. Estamos ainda descobrindo os limites (ou ausência de) das novas tecnologias como inteligência artificial, big data, IoT (internet of things), impressoras 3D, realidade virtual e realidade aumentada. Que sirva de inspiração a fundadora da loja Shoes of Prey, onde você produz o seu sapato personalizado a partir de centenas de variações e detalhes. A Shoes of Prey imagina um mundo, não muito distante, em que as pessoas terão a possibilidade de imprimir o seu sapato em casa, e precisarão do know-how que ela oferece nesta manufatura. Na NRF 2017, vimos blusas e malhas sendo “impressas” ao vivo. Em até 4 horas a blusa estava pronta para ser vestida sem interação ou interferência humana alguma.

Há tempos que o mundo é dinâmico e já estamos acostumados com isso. As evoluções tecnológicas e as mudanças nos planos de carreiras futuras não são uma novidade na história da humanidade, basta olhar para como era o mundo 50 ou 100 anos atrás. Computadoras, por exemplo, eram as mulheres que entravam com os dados nos processadores na época da segunda guerra mundial, originando o termo “computador” que conhecemos hoje. Aquele emprego não existe mais, mas muitos outros foram criados, derivados dessa invenção. Salvo se o seu avô ou avó for professor, médico, advogado, ou afins, é muito provável que ele tenha se encontrado obsoleto umas duas ou três vezes na sua carreira profissional, e tenha se reinventado totalmente. Temos que aprender com eles, com aqueles que nasceram na era do telégrafo e que hoje se comunicam através do Facetime no celular.

Novas empresas e novas carreiras substituirão empresas e carreiras ora tidas como tradicionais, o que provavelmente será uma coisa boa e desejável, embora as vezes assuste um pouco. O grande desafio para cada um de nós é não se encontrar obsoleto e, para isso, o melhor antídoto é buscar ser feliz

Mas ainda estamos aprendendo a lidar com a velocidade das mudanças, que é muito maior no nosso tempo. Estima-se que a vida média de uma empresa da S&P 500 tenha caído de 65 anos para 15 anos. Quem não se reinventar, vai perecer, e isso é valido para corporações e indivíduos. Para um indivíduo se manter relevante, ele deverá investir em: educação continuada, relacionamento, senso de propósito e ética, e não ter medo de se reinventar (não ter medo de ser feliz).

Algumas “novas” carreiras promissoras incluem: engenheiro(a)/cientista de robótica; engenheiro(a)/programador(a) de inteligência artificial; engenheiro(a)/cientista de “big data”; especialista em energia alternativa; especialista em mineração de asteroides; especialista em genética; jogador profissional; e astronauta.

Eu gostaria de saber o que meus filhos farão no futuro, mas mal sei prever o que eu mesmo farei em 15 anos. Pare para pensar todas as transformações que alguém nascido na década de 1920 o u 1930 passou até hoje (telégrafo para celular, Ford T para o Tesla, luz do dia para energia solar, pólvora para bomba atômica, etc). Você provavelmente irá experimentar transformações ainda mais profundas e perturbadoras. Novas empresas e novas carreiras substituirão empresas e carreiras ora tidas como tradicionais, o que provavelmente será uma coisa boa e desejável, embora as vezes assuste um pouco. O grande desafio para cada um de nós é não se encontrar obsoleto e, para isso, o melhor antídoto é buscar ser feliz.

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