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Opinião

Descentralização na publicidade é caminho sem volta no digital

A publicidade online tradicional é altamente centralizada e oferece poucas possibilidades de interação entre marcas e consumidores


25 de maio de 2021 - 14h00

Experiência do usuário, a popular UX nas estratégias digitais. Provavelmente nunca se falou tanto nesse conceito quanto agora, com a intensa transformação digital provocada pela pandemia de covid-19. No varejo, na indústria e nas redes sociais, investir em técnicas que proporcionam maior relacionamento com os consumidores no ambiente digital é vital para obter sucesso em qualquer área de atuação.

Entretanto, ainda que seja um discurso de marketing bonito e agradável, são poucas as organizações que realmente pensam nessa tática em suas campanhas de marketing digital. Essas interações têm intermediários e entraves que não condizem com a velocidade esperada no mundo on-line. Somente a descentralização da publicidade consegue, de fato, impulsionar o engajamento das pessoas.

A distribuição de campanhas de marketing digital ainda segue princípios semelhantes ao da publicidade off-line (Crédito: Jose Francisco Fernandez Saura/Pexels)

Basta pensar um pouco como ocorre o consumo de publicidade digital atualmente aqui no Brasil. A pessoa navega em suas redes sociais e é impactada por anúncios que levam em conta seu histórico de navegação. Acompanha comerciais enquanto aguarda para visualizar um vídeo em diferentes plataformas. Em ambos os casos, é preciso que uma empresa colete as informações e entregue a ela um anúncio que a faça clicar e, se possível, comprar. Há pouca diversidade e, pior, pouco incentivo por modelos que oferecem mais interatividade. Segundo a pesquisa Digital Adspend 2019, divulgada pela IAB Brasil, de cada dez reais investidos em publicidade digital no país, sete são destinados a vídeos e display.

Diante desses dados, é preciso reconhecer: a publicidade on-line tradicional é altamente centralizada e oferece poucas possibilidades de interação entre marcas e consumidores. É incrível pensar que, mesmo diante de todas as inovações trazidas pela análise de dados e a inovação tecnológica nas últimas décadas, a distribuição de campanhas de marketing segue princípios semelhantes ao da publicidade off-line. O consumidor não consegue se relacionar com as marcas por meio dessas iniciativas. Ele fica esperando que algum intermediário traga essas novidades. Não há estratégia de usuário que resista a longo prazo diante dessas circunstâncias.

Até porque o próprio perfil dos consumidores mudou bastante nos últimos anos – algo que a pandemia de covid-19 apenas evidenciou em 2020. A pessoa não quer apenas visualizar um anúncio específico de determinado produto ou serviço. No YouTube, por exemplo, ele não espera a hora de passar cinco segundos para pular o vídeo e ir direto ao conteúdo que mais lhe interessa. O que ele quer mesmo das marcas é a possiblidade de se engajar com elas. Isto é, quer pesquisar sobre novos produtos, se informar sobre valores e condições e até se sentir recompensado por meio de iniciativas específicas, como a realização de determinadas tarefas em suas redes sociais digitais. Não somos apenas consumidores atualmente. Somos todos influenciadores que podem acrescentar valor e propósito às empresas.
Faltava uma plataforma focada justamente na aproximação entre as pessoas e as empresas, possibilitando um engajamento muito maior. Por meio dela, os usuários conseguem se envolver na promoção de suas marcas e produtos favoritos, ao mesmo tempo que as organizações conseguem conversar diretamente com seus clientes, coletando informações preciosas de seus desejos e necessidades. Ou seja, de um lado estimula o engajamento; do outro, facilita a gestão de marketing digital. Não há mais intermediários que conectam as duas partes em prol de um mesmo objetivo. Agora, isso já é feito de forma automática e descentralizada em tempo real com o apoio de soluções tecnológicas.

Se inúmeras transformações impactaram a forma de fazer negócio ao longo dos últimos anos, é de se imaginar que o jeito de engajar esses consumidores também precisa mudar. Diante de uma nova realidade, não dá para continuar com a mesma estratégia de marketing e querer resultados melhores. É necessário acompanhar as principais tendências – mesmo que isso leve a uma ruptura na forma de comunicar seu negócio. A descentralização da publicidade surge como necessidade estratégica para atender um consumidor cada vez mais exigente por relações duradouras com suas marcas favoritas.

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