A semana turbulenta da TAM
Protesto contra demissões, julgamento do acidente que matou 199 pessoas em 2007 e a renúncia de Eduardo Gouveia do cargo de diretor presidente da Multiplus impactam a imagem da marca
Protesto contra demissões, julgamento do acidente que matou 199 pessoas em 2007 e a renúncia de Eduardo Gouveia do cargo de diretor presidente da Multiplus impactam a imagem da marca
Meio & Mensagem
8 de agosto de 2013 - 9h23
A TAM vive uma semana turbulenta. Na manhã desta quinta-feira 8 os trabalhadores da operadora paralisaram a região do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com um protesto contra o programa de reestruturação de adesão voluntária da empresa, que prevê a demissão de 811 profissionais entre pilotos, copilotos e comissários de bordo. Segundo a TAM, o prazo para participar do programa acontece entre os dias 8 e 16 de agosto e será válido por 18 meses, prorrogáveis por mais 12 meses.
“A TAM vem a público esclarecer que as manifestações ocorridas nesta quinta-feira no Aeroporto de Congonhas (SP) não foram iniciativas de seus funcionários nem do Sindicato Nacional dos Aeronautas, único representante da única categoria (aeronautas) afetada pelo ajuste que a companhia vai realizar em seu quadro de tripulantes. Os funcionários da TAM não aderiram à manifestação e apresentaram-se normalmente ao trabalho. Porém, durante o período de 6h30 a 8h30 foram impedidos de exercer suas atividades pelos manifestantes”, esclarece a operadora por meio de comunicado. A nota informa ainda que “a única manifestação realizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, que representa legalmente os tripulantes da TAM, ocorreu no final da tarde desta quarta-feira 7 no aeroporto de Congonhas, após a assembleia que aprovou o acordo entre a TAM e os aeronautas, sem causar interrupção dos serviços prestados aos clientes e de forma pacífica”.
O início do julgamento do acidente com o Airbus A 320, que matou 199 pessoas no aeroporto de Congonhas em 2007, também coloca a TAM em evidência na mídia. Oito testemunhas de acusação chamadas pelo Ministério Público Federal (MPF) começaram a ser ouvidas nesta quarta-feira 7 no prédio do Fórum Criminal Federal, localizado na região da Avenida Paulista, em São Paulo. Já as testemunhas de defesa devem ser ouvidas nos dias 11 e 12 de novembro, e nos dias 3, 9 e 10 de dezembro.
A renúncia de Eduardo Gouveia do cargo de diretor presidente da Multiplus – empresa de fidelização criada em 2009 pela TAM e presente na bolsa desde 2010, mas que ainda tem 72% do seu capital controlado pela empresa fundada em 1976 pelo comandante Rolim -, é outro agravante na crise de imagem que a marca atravessa nesta semana. As ações da Multiplus na Bovespa chegaram a cair 10,75%, para R$ 24,90, nesta quarta-feira 7, quando a empresa divulgou o fato relevante confirmando a saída de Gouveia.
O executivo deixa a TAM em 30 de agosto e depois assumirá a presidência da Alelo, administradora dos cartões Visa Vale. Segundo a Multiplus, a decisão de Gouveia aconteceu “por razões de ordem pessoal”. O board administrativo da companhia, comandado por Antônio Rios, deve escolher um interino, “que atuará sob a supervisão mais próxima do presidente do conselho”.
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