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Audiência com Google e Microsoft é cancelada

Presidentes das duas empresas no Brasil foram convidados por deputados da Comissão de Defesa do Consumidor para debate sobre a política de privacidade de sites e ferramentas de busca, mas não compareceram


17 de julho de 2013 - 6h37

Convidados pela Comissão de Defesa do Consumidor para audiência pública em Brasília, nesta quarta-feira, 17, o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, e o presidente da Microsoft no Brasil, Michel Levy, não compareceram.

Motivado pelas recentes denúncias de espionagem de dados telefônicos e de e-mail de brasileiros feita pelo governo dos Estados Unidos, o encontro serviria para os parlamentares tirarem dúvidas quanto à política de privacidade dos sites e ferramentas de busca. Também participariam representantes da Secretaria Nacional do Consumidor e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Informados pelas respectivas empresas que o presidente da Google teria entrado em férias, enquanto a direção da Microsoft estaria passando por um momento de transição, de acordo com informações da Agência Brasil, os integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor teriam ficado irritados.

“Talvez vamos ter que transformar isso em uma CPI para apurar o caso, porque é uma coisa muito grave”, afirmou José Carlos Araújo (PSD-BA), presidente da comissão e autor do requerimento para a audiência dessa quarta-feira, que acabou cancelada. Vale lembrar que, na semana passada, o Senado já aprovara uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar tais denúncias. Caso os deputados sigam o mesmo caminho, poderia ser realizada uma CPI mista entre as duas casas.

Nos Estados Unidos

Yahoo, Google e Microsoft estão numa cruzada para assegurar ao público que não sucumbiram a toda demanda feita pelos governantes a respeito de informações sobre os consumidores. Quando veio à tona o escândalo relacionado ao uso do programa Prisma pelo Departamento de Defesa dos EUA (NSA), as empresas solicitaram formalmente uma autorização para revelar mais informações sobre que tipo de informações foram requisitadas pelo governo americano.

O Yahoo parece estar à frente do grupo nessas questões. A companhia ganhou permissão para revelar mais detalhes de uma ação de 2008, quando questionou a constitucionalidade do pedido de informações do governo a respeito de usuários dos serviços da empresa.

O governo americano ainda avalia se dará ao Yahoo o direito de revelar apenas partes ou todo o material a respeito do caso.

Com informações da Agência Brasil e do Advertising Age 

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