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Crise do futebol chega ao mundo dos games
Corinthians e Flamengo não aceitaram proposta da EA Sports, dona do Fifa 16, e negociam com a Konami, do Pro Evolution Soccer (PES)
Corinthians e Flamengo não aceitaram proposta da EA Sports, dona do Fifa 16, e negociam com a Konami, do Pro Evolution Soccer (PES)
Meio & Mensagem
29 de julho de 2015 - 1h31
O futebol brasileiro vive uma crise não apenas nos campos da vida real. No mundo dos games, ela também é sentida. Os dois maiores clubes brasileiros em número de torcedores, Corinthians e Flamengo, recusaram as propostas da canadense EA Sports, dona do jogo Fifa 16, para estarem presentes na próxima temporada do jogo. Segundo a ESPN Brasil, a empresa ofereceu R$ 30 mil ao Corinthians e R$ 20 mil ao Flamengo. Os outros clubes brasileiros receberão R$ 15 mil. As negociações duraram semanas e, agora, os dois clubes estão prestes a fechar com a japonesa Konami, dona do Pro Evolution Soccer (PES), que teria, segundo O Estado de S. Paulo, oferecido R$ 450 milhões.
De fato, a quantia é pequena comparada ao lucro de US$ 720 milhões da EA Sports apenas no quarto trimestre de 2014. A visibilidade, porém, é relativamente alta considerando a capilaridade dos jogos da EA Sports. Em 2015, os times brasileiros já ficaram fora do Fifa 2015 porque a empresa não encontrou segurança jurídica em relação ao uso de imagens dos jogadores. Segundo especialistas, a ausência de uma entidade representativa no futebol brasileiro dificulta o trabalho das empresas de games que esbarram também em problemas técnicos como coleta da face dos jogadores em 3D e outros detalhes.
Neste quesito, o Brasil ainda tem a aprender com a Premier League que, não só negocia os direitos em grupo, como oferece toda uma estrutura de escaneamento 3D de mais de 200 jogadores, 20 estádios e várias marcas. No caso do Brasil, a solução seria a negociação em grupo, já que, na prática, sozinhos, Corinthians e Flamengo não conseguiriam valores mais altos. Porém, essa missão não está delegada a nenhuma entidade.
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