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Culinária conquista espaço em ambientes culturais de São Paulo

Onda de estreias conta com inclinação do Farol Santander para gastronomia, além da entrada do Grupo Mocotó no Instituto Moreira Salles


25 de janeiro de 2019 - 6h00

Balaio IMS, do grupo Mocotó, marca presença no piso térreo do Instituto Moreira Salles (Crédito: Denise Tadei)

A qualidade, a diversidade e a quantidade fazem da gastronomia de São Paulo a melhor do País. Se a alta cozinha da cidade está concentrada nas ruas dos bairros Pinheiros e Itaim Bibi, ambos na zona oeste da metrópole, museus e outros equipamentos culturais passam a ser vistos como opções de locação para esse tipo de empreitada.

Dessa forma, chefs e donos de restaurante oferecem ao público a opção de, numa mesma saída, saborear artes plásticas, filmes ou performances e expressões da culinária. Outra característica do consumo cultural fora de casa, segundo estudo da consultoria J. Leiva, é que pessoas com renda mais alta e maior escolaridade frequentam mais esses ambientes.

Pensando nos segmentos A e B, o mais recente lançamento do gênero é o Bar no Cofre SubAstor. Instalado onde antes era o cofre do Banespa, o estabelecimento faz parte do esforço do Farol Santander em se tornar um polo gastronômico no centro de São Paulo. Até o fim do ano, o banco pretende abrir mais três andares voltados ao paladar.

“Esse movimento faz parte de uma tendência mundial”, afirma Edgar Bueno da Costa, sócio proprietário do Bar no Cofre. “Estar em um prédio ícone da cidade é sensacional. Em Londres, por exemplo, eles tem um projeto em um prédio que foi um banco. Transformado em um shopping, criaram um bar dentro do cofre, chamado The Vault”. Essa experiência britânica foi, também, inspiração à concepção do SubAstor no Farol.

O Bar no Cofre abre na próxima sexta-feira, 1 de fevereiro. Inicialmente, só funcionará de quinta à sábado, mas Costa não descarta a possibilidade de aumentar a frequência caso a demanda seja alta.

Um exemplo internacional também motivou o Santinho, rede de restaurantes do grupo Capim Santo, a estar presente em três equipamentos culturais: Instituto Tomie Ohtake, Museu da Casa Brasileira e Theatro Municipal de São Paulo. Para Morena Leite, chef e proprietária do Grupo, o exemplo foi o restaurante The Modern, instalado dentro do Museu de Arte Moderna de Nova York.

Restaurante Santinho, no Museu da Casa Brasileira (Crédito: Denise Tadei)

Pouco depois de voltar da cidade estadunidense, Morena recebeu um convite para montar um restaurante no Instituto Tomie Ohtake. Foi então que a chef criou a marca Santinho, que conta com um cardápio similar, mas “menos rústico e mais moderno”. “O Santinho ficou como uma marca que só trabalha com espaços culturais. Fazemos também toda a alimentação da SP Arte há seis anos, com o Santinho Itinerante”, afirma a chef.

Para ela, “comer não é só encher o bucho. É a experiência como um todo. É estar dentro do instituto Tomie Ohtake, do MCB. A ideia é você contar uma história. Tenho oito livros publicados e conto histórias também na minha comida”, diz Morena.

Um dos recém chegados a esse ambiente é o Balaio IMS. Parte do grupo Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, o restaurante está instalado na sede do Instituto Moreira Salles, inaugurado em setembro de 2017, na Avenida Paulista. “Enxergo as vantagens de estar no IMS em duas frentes: juntar o público do restaurante com o do próprio Instituto, um lugar onde um pode alimentar e incentivar o outro. E a segunda é estar dentro desta proposta tão especial e poder aprender com essas pessoas e todo o conhecimento que elas disponibilizam”, afirma Rodrigo.

O IMS está presente também no Rio de Janeiro e em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais.

Um ponto em comum entre o Balaio e o Santinho é a forma de comunicação. Ambos não compram mídia nas redes sociais, mas atuam no ambiente digital de forma orgânica para divulgar o conceito das marcas. Entretanto, para atrair o público “a coisa mais forte é a experiência do dia a dia”, afirma Morena, do Santinho.

 

*Crédito da imagem no topo: Denise Tadei

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