Diminui o apoio a marcas que promovem igualdade a pessoas LGBT+
Pesquisa Global Advisor LGBT+ 2024, da Ipsos, indica que nível de apoio à empresas e marcas à causa LGBT+ está em 44%, contra 49% em 2021
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Meio & Mensagem
3 de junho de 2024 - 9h39
Empresas e marcas têm perdido apoio ativo da sociedade no que diz respeito à promoção da igualdade para pessoas LGBT+ em todo o mundo. É o que indica a edição de 2024 da Global Advisor LGBT+, realizada pela Ipsos.
A média de pessoas que apoiam marcas ligadas à causa fica em 44% para 23 países, contra 49% registrados em 2021. Neste ano, 36% dos indivíduos se dizem neutros em relação ao tema. Já 9% tendem a se opor, enquanto 10% se opõem fortemente a esse tipo de movimento no marketing.
Ao todo, a Ipsos ouviu mais de 18 mil pessoas em 26 países entre fevereiro e março. O Brasil contou com mil respondentes.
Mais da metade dos entrevistados (45%) a nível global — nos 26 países — afirmaram apoiar empresas e marcas que promovem ativamente igualdade para as pessoas LGBT. Nesse sentido, o maior suporte vem de mulheres do que homens da geração Z, com 58% e 37%, respectivamente.
Ademais, parece haver um menor desejo por parte da população em ver representatividade nas telas, com apenas 34% dos respondentes.
Entre todos os países, o Brasil tem a maior média de pessoas que afirmam ter um parente, amigo ou colega de trabalho que se identifica como lésbica, gay ou homossexual. O número fica em 68%, acima da média global de 48%. Na sequência aparecem Colômbia (67%), Irlanda (64%), Espanha (63%) e Grã-Bretanha (60%). Turquia (16%), Coreia do Sul (9%) e Japão (5%) ocupam os últimos lugares.
Já quando questionados se conhecem alguém próximo que se identifique como bissexual, a porcentagem fica em 46 – também mais que os outros países, com média de 27%. O top 5 é composto por Colômbia, Suécia e África do Sul, com 40%, 36% e 35%, respectivamente.
Em relação a transgêneros, o Brasil perde a liderança, ficando em quarto lugar empatado com Canadá, ambos com 18%. A Tailândia se sobressai com 46%, sendo que a média global é de apenas 12%. Entre não-binários, o País aparece com 15% na sexta posição.
Além disso, 54% dos respondentes brasileiros demonstraram apoio para que pessoas LGBT+ sejam abertamente quem são e 76% deles reconhecem o preconceito enfrentado por pessoas transgêneros. No restante do mundo, a média é de 66%.
Entre as gerações, mulheres da geração Z são as que mais reconhecem quanta discriminação pessoas transexuais enfrentam atualmente, com79% das respostas. Na sequência, aparecem millennials (73%), geração X (69%) e baby boomers (64%). Entre os homens a maior percepção é a da geração Z (66%). Na sequência estão os millennials (62%), geração X (60%) e baby boomers (59%).
Ainda sobre a liberdade de ser quem são, a liderança fica com a Tailândia e Espanha, ambas com 68% de apoio. Depois, estão Chile (63%), África do Sul (61%) e a Argentina com 6%. Os que menos apoiam são Japão, Coreia do Sul e Turquia, com 29%, 26% e 21% das declarações, respectivamente.
A Ipsos buscou entender a percepção das pessoas em relação à necessidade proteção da comunidade LGBT+ contra a discriminação em casa, no trabalho, no acesso a serviços, restaurantes e comércios. O índice de respondentes que concordam com a afirmação é alto para todos os países, com uma média de 74%.
A Tailândia segue liderando com 84%. O Brasil fica com 77%, a mesma porcentagem de países como Argentina, Peru, Canadá e França. Ademais, 58% dos brasileiros concordam que a proteção seja feita por meio de leis específicas.
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