Diversificação ainda é pouco explorada por creators
Dependência de plataformas e formatos ainda é desafio para quem produz conteúdo e produtos digitais
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Luiz Gustavo Pacete
27 de setembro de 2018 - 14h40
Criadores de conteúdo, por muito tempo, foram diretamente associados às plataformas das quais emergiram: youtubers, instagramers, snapchaters e outros. Com a profissionalização do ecossistema, no entanto, a necessidade de diversificar produtos e formatos passou a ser uma máxima de sobrevivência e estratégia a médio e longo prazo. Buscar oportunidades e construir repertório de marca – seja pessoal ou do canal – em novas formas e entregas é algo que faz cada vez mais sentido.
“Nós identificamos que há muitas oportunidades de crescimento para produtores de conteúdo fora de suas plataformas de origem. Um instagramer especializado em esporte e saúde, por exemplo, poderia explorar muito melhor o Facebook. Um youtuber que fala de carreira e negócios pode olhar ainda mais para o Linkedin ou até ter sua própria plataforma”, diz João Pedro Resende, CEO da Hotmart, plataforma de EAD especializada em produtos digitais, que realiza de 27 a 29 de setembro, em Belo Horizonte, o Fire Festival, evento de inovação e empreendedorismo digital.
João Pedro Resende aponta os principais indicadores que fazem do ambiente digital um dos mais propícios, atualmente, para a geração de negócios. “Chega a ser inacreditável o quanto ainda é barato começar uma empresa no ambiente digital se compararmos à economia real. Estamos vivendo o melhor momento para aproveitar essas oportunidades. Mas tendo uma visão de longo prazo, é importante pensar em diversificação”, afirma. Pedro aponta alguns motivos pelos quais distribuir produtos digitais é cada vez mais promissor.
Entre eles, está o fato de que a fragmentação de mídia permitiu que qualquer um criasse conteúdo sem barreiras de entrada. Outro indicador, a descentralização da educação permite, por exemplo, que conteúdos educativos, tutoriais e didáticos sejam cada vez mais valorizados. A cultura do conteúdo pago, popularizada por streamings como a Netflix, por exemplo, também criou um ambiente de oportunidades e, por fim, a economia de acesso faz com que existam cada vez menos barreiras de entrada.
Mairo Vergara, criador da plataforma que leva seu nome, especializada em ensino de inglês, explica que uma das principais estratégias atuais de entrada em um segmento é a diversificação do conteúdo. “Transformar um vídeo no YouTube em um podcast, levar parte desse conteúdo para o IGTV ou pensar em outras formas de agregar valor é, atualmente, a melhor estratégia de marketing para um produtor de conteúdo digital”, diz Vergara. De acordo com ele, criar um império de conteúdo tira a dependência de plataformas e fortalece a marca. “É importante ter foco em fazer o melhor produto possível e oferecer conteúdo gratuito como estratégia de crescimento”, reforça.
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