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Facebook acaba com Oculus Story Studio

Em convenção, Zuckerberg anunciou maior investimento em realidade aumentada


9 de maio de 2017 - 13h16

Por George Slefo, do AdAge*

Uma cena de ‘Henry’, um curta criado pela Oculus Story Studio.

O Facebook anunciou, no final da quinta-feira, 4, que está descontinuando o Oculus Story Studio, causando alguns questionamentos sobre o fim da realidade virtual entre anunciantes e agências. “Se o VR não é uma realidade no Facebook, então porque deveria ser uma prioridade para nós?”, questionou Craig Elimeliah, diretor de tecnologia criativa da agência VML, que já trabalhou com campanhas de realidade virtual com marcas como Gatorade e NAPA Auto Parts.

Elimeliah disse que a mensagem imediata que o Facebook está mandando é que o VR não é tão promissor quanto parecia ser, sugerindo que conteúdo VR pode não ser mais uma prioridade para a empresa. A decisão do Facebook vai de acordo com uma apresentação feita pelo CEO Mark Zuckerberg na conferência para desenvolvedores F8, sinalizando um foco maior em realidade aumentada, que pode ser executada efetivamente usando apenas um smartphone, por exemplo.

“A barreira de consumo em vários headsets e a falta de câmeras 360 que estão prontas para criar conteúdo imersivo, pode ser um dos motivos pelos quais não estamos vendo essa explosão de crescimento”, comenta Tom Edwards, chief digital officer da agência Epsilon. “A chave para qualquer nova tecnologia, especialmente uma como o VR, é empoderar as massas para criar suas próprias experiências”, afirmou Edwards. “Esse é o motivo pelo qual vemos o Facebook mudando de rumo e indo em direção às câmeras como a primeira plataforma de realidade aumentada, enquanto constrói conteúdos que os consumidores já engajam”.

‘Recriando coisas para um novo mundo’

O estúdio baseado na Califórnia foi projetado para criar filmes e vídeos para o dispositivo de realidade virtual Oculus. A ideia era que o projeto ia inspirar as empresas de Hollywood para fazer a mesma coisa, e o Facebook investiu US$ 250 milhões para ajudar a alcançar o seu objetivo. O investimento gerou novos conteúdos como o 2016 NBA Finals e curtas criativos como “Through the Ages”. Facebook afirmou que irá usar US$ 50 milhões do seu orçamento para fundar conteúdos experimentais de VR, além dos games.

Mas, nem todos os anunciantes viu esse sinal como o fim da realidade virtual. “Para mim, esse movimento é menos sobre a crença do Facebook em tornar o VR em um canvas criativo que pode gerar experiências imersivas e mais o desejo da empresa em ser uma interface fácil que conecte pessoas com o que amam entre si e com as empresas”, afirmou Tom Goodwin, executivo VP e head de inovação da Zenith, uma parte da Publicis Media.

Pegar filmes tradicionais e projetá-los com VR não vai funcionar, afirmou Goodwin. “É sobre refazer coisas para um novo totalmente novo, sem assumir as suposições do passado”, afirmou. “Nós iremos ver mais adaptações no âmbito do trabalho, em tudo desde treinamentos de cirurgia, até engenheiros de site sendo ajudados remotamente”.

*Tradução: Mariana Stocco

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