Lado escritor de Renato Castelo Branco é revisitado
Pesquisadora mergulha na produção literária do publicitário e descobre projeto inacabado
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Meio & Mensagem
16 de maio de 2017 - 10h16
No próximo dia 24 de maio, às 19 h, o campus da graduação da ESPM, em São Paulo, receberá a pesquisadora piauiense Márcia Edlene Mauriz Lima para o lançamento do livro “Inacabamento do acabado: a reescritura de Teodoro Bicanca, de Renato Castelo Branco”, publicado pela editora Horizonte.
No meio publicitário, Renato Castelo Branco é até hoje conhecido por ter sido um dos fundadores da atividade no País, tendo começado a trabalhar em 1935 na N. W. Ayer, como assistente do escritor e publicitário Orígenes Lessa. Depois, sua carreira se desenvolveu na J. Walter Thompson, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, em São Paulo, num total de três décadas dedicados à agência. Em 1965, chegou a ser vice-presidente da Thompson nos Estados Unidos. Já no início dos anos 1970, com colegas de sua ex-agência, abriu a própria empresa, a Castelo Branco Borges e Associados (CBBA).
Paralelamente a todo esse currículo na área, entretanto, Renato Castelo Branco também dedicou um tempo considerável da vida à produção literária, em prosa e verso. Foi sobre essa faceta do publicitário que Márcia Edlene, professora da Universidade Estadual do Piauí, com doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, se debruçou, uma vez que desenvolve pesquisas na área de Crítica Genética e História da Literatura, com foco na produção de escritores piauienses.
Antes um projeto restrito a divulgar o escritor em seu próprio estado, onde é pouco conhecido, as pesquisas de Márcia a fizeram ver que estava tocando em algo mais importante e abrangente, pois descobriu que Renato Castelo Branco tinha intenção de recriar uma de suas obras: “Teodoro Bicanca”, de 1948. A ideia do autor era transformá-la num romance histórico, relatando desde a passagem da Coluna Prestes por Parnaíba (cidade do Piauí onde Renato nasceu) e tratar de outros fatos sociais como o coronelismo, a miséria no campo, condições de trabalho e a resistência.
A descoberta de um original inédito da reescritura de Teodoro Bicanca foi fruto não apenas de pesquisas em bibliotecas no Piauí, mas de entrevistas com os descendentes do autor em São Paulo e acesso a seu acervo. O trabalho, assim, acabou virando uma merecida biografia de Renato Castelo Branco, que promete instigar a curiosidade dos leitores tanto pelo passado do publicitário e escritor quanto pelo ineditismo dessa releitura de uma de suas obras, a revelar também seu esmero e inquietação artística.
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