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Olimpíada de Barcelona segue como referência

Sede dos Jogos de 1992, capital catalã é apontada como exemplo de preparação e legado para cidades que recebem grandes eventos esportivos


29 de novembro de 2011 - 6h50

 A Olimpíada de Barcelona foi realizada em 1992, mas quase 20 anos depois segue como exemplo do que um grande evento bem planejado pode fazer por uma cidade. O case foi citado pela maioria dos palestrantes que participaram do painel “Eventos para uma vida inteira – infraestrutura e sustentabilidade”, realizado nesta terça-feira, 29, na Soccerex, convenção global de negócios do futebol que acontece até amanhã no Rio.

Para Sir Howard Bernstein, CEO da Câmara Municipal de Manchester, na Inglaterra, a transformação pela qual a cidade de Barcelona passou em apenas sete anos é o melhor exemplo esportivo em termos de legado.

“Eles nortearam uma agenda de regeneração que dura até hoje. É um exemplo fantástico de planejamento integrado”, disse. Bernstein ainda citou os jogos de Atenas como um exemplo de legado que não foi alcançado, com um evento que não atingiu seus objetivos e Atlanta, em 96, como um modelo da necessidade do uso de investimentos públicos para a potencialização de investimentos.

“E Sidney, em 2000, é o melhor exemplo de orgulho cívico com a participação em massa do público, que encorajou os jogos e gerou uma celebração mais ampla”, citou. Ele teve um papel importante na organização do Common Wealth Games, realizado em Manchester, em 2002. “Nosso objetivo não foi apenas atrair pessoas para os jogos, mas como equipá-las, com novas habilidades, envolvê-las nos programas, colocando o esporte no coração da comunidade”, falou.

Segundo Bernstein, desde a realização destes jogos, a cidade de Manchester tem ficado cada vez mais forte, sediando diversos campeonatos. “E quando sediamos o Common Wealth Games não tínhamos uma estratégia a longo prazo no Reino Unido para a área de esportes, não tínhamos sequer a certeza do apoio do Governo. Mas fomos tão bem sucedidos que não só o Governo se juntou a nós, mas desenvolvemos uma estratégia de longo prazo para trazer esportes de nível mundial para o Reino Unido”, destacou, acrescentando que este primeiro evento com certeza ajudou Londres a conquistar as Olimpíadas de 2012.

Christopher Lee , da Populous, também citou os jogos de Barcelona. “Na época, como estudante de arquitetura, percebi o poder do esporte de impactar uma cidade. Vi efeitos tangíveis na estrutura urbana, o design fantástico do Porto e a evolução do ponto de vista social”, frisou. Para ele, as Olimpíadas de Londres darão um novo patamar para os jogos olímpicos. “Tivemos que utilizar a arte de projetar para trás como sediar um evento com o mínimo de estrutura permanente para que grande parte dos materiais seja utilizada em outras partes”, citou o executivo que participa da preparação dos jogos de 2012.

Steve Revell, da Rapiscan, que atua na área de segurança dos Jogos de Londres, informou que há um compromisso entre o Governo Britânico e o COI para fazer dos jogos do ano que vem o mais bem sucedido da história. “Será uma festa do esporte e não um evento de segurança, se trabalharmos direito. Não queremos deixar como lembrança revistas etc, mas criar uma memória duradoura das Olimpíadas imbuídas nos valores corretos”, falou.

Diogo Jurema, da TSE Consulting, falou do caso brasileiro. Ele lembrou que os eventos que o país sediará trazem uma série de oportunidades sociais, econômicas e de imagem. “O setor privado brasileiro levou mais de 20 anos para atingir um modelo que valesse investir em esportes e eventos esportivos. A Copa em si não trará benefícios automáticos para as cidades-sede. Precisamos de terminologias mais expressivas para que as cidades atinjam seus objetivos como, no lugar de impacto, alavancagem. Já como legado, sugerimos, ao invés de criar programas novos em função do evento, a utilização dos programas já existentes. Que eles possam ser melhorados e levantados com estes eventos. As cidades não podem canibalizar seus próprios programas”, destacou. Para ele, as cidades-sede devem pensar no que os eventos podem fazer por elas e gerar benefícios para a comunidade local.

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