Opinião: A favor do conteúdo
Dois casos, um da Natura e outro da Fiat, nos quais as marcas usaram a forma para facilitar a compreensão do conteúdo, geraram ações que as pessoas tinham prazer em ver. E também em fazer
Dois casos, um da Natura e outro da Fiat, nos quais as marcas usaram a forma para facilitar a compreensão do conteúdo, geraram ações que as pessoas tinham prazer em ver. E também em fazer
Meio & Mensagem
30 de julho de 2013 - 8h30
(*) Por Paula Nader
Vi um anúncio de um produto da Natura, do qual o nome eu confesso que não me lembro, mas cujo diferencial ficou bem gravado na minha cabeça: a embalagem. Além de usar muito menos matéria-prima para ser feita, ela pode ser amassada para que você aproveite até a última gota do produto, sem ter de recorrer a malabarismos ou ferramentas improvisadas.
Os conceitos de evitar os excessos (de matéria-prima e, depois, de lixo) e o desperdício (do próprio produto) estão claros não só no produto em si, como na forma do anúncio, um “T” deitado numa página dupla, usando cerca de um terço do espaço disponível para passar com precisão e rapidez a mensagem central. Fundo brando, foto do produto, texto conciso. Essência da marca evidente. Sem excessos. Sem desperdício.
Forma a favor do conteúdo.
E já que estou pensando em campanhas que se destacaram, não dá para não falar da já muito comentada trilha da campanha da Fiat. Uma boa criação e uma das vozes mais bacanas do mundo (o nome da coluna é “Opinião”, certo?) fizeram com que eu e milhões de outras pessoas gostassem da música desde a primeira vez. Independentemente do contexto social que deu ainda mais visibilidade à campanha, a trilha é sensacional.
Entretenimento de alto nível a favor do conteúdo.
Em ambos os casos, foi um prazer ver e deve ter sido um grande prazer fazer. Em ambos os casos, palmas para quem criou e para quem aprovou!
Usar a forma para facilitar a compreensão do conteúdo e produzir coisas que as pessoas tenham prazer em ver é um dos nossos grandes desafios.
Há alguns anos, alegávamos que os formatos disponíveis não permitiam grandes variações. Agora, temos a liberdade do mundo virtual, como veículo e/ou ferramenta de produção e a missão de continuar trabalhando duro para que bons exemplos como o da Natura e o da Fiat sejam cada vez mais frequentes.
Porque eu não acho que a Natura, a Fiat e suas agências tenham tido condições especiais de tempo ou outros recursos para conseguir resultados notáveis. Acredito que marcas fortes, temas relevantes para o público, boas equipes e intimidade entre agência e cliente são uma fonte inesgotável e infalível de inspiração.
¿Que te parece?
(*) Paula Nader é diretora de marca e marketing do Santander. Este artigo está publicado Este artigo está publicado na edição 1570 de Meio & Mensagem, de 29 de julho, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets.
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