Os destaques internacionais de 2013
Relembre dez fatos que chamaram atenção no mercado global ao longo do ano
Relembre dez fatos que chamaram atenção no mercado global ao longo do ano
Meio & Mensagem
19 de dezembro de 2013 - 8h30
1. O pulo do Twitter
A abertura de capital do Twitter era aguardada ansiosamente ao longo do ano, mas a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) só ocorreu em novembro e rendeu US$ 1,82 bilhão para a companhia. Em 2012, o Facebook havia obtido US$ 16 bilhões com a estreia na Bolsa. Mas logo depois os papéis da rede de Mark Zuckerberg se desvalorizaram, com uma queda de até 20%, e foram necessários meses para que a empresa atingisse um patamar satisfatório. Para não repetir essa história, o Twitter optou pela Bolsa de Nova York, em vez da Nasdaq, e lançou ações a US$ 26, enquanto as do Facebook começaram com US$ 38. Um mês depois da oferta, o retorno foi de 89%. Comparado com a concorrência, o Twitter se saiu bem. O LinkedIn teve retorno de 76% no primeiro mês após IPO. O Google, 41. E o Facebook, -17%.
2. O que Jeff Bezos fará pelo Post
Há uma enorme expectativa em torno do toque de Midas que o empresário Jeff Bezos poderia ter sobre o decano The Washington Post, que adquiriu em agosto por US$ 250 milhões sacados de seu bolso — e não da Amazon, a maior empresa de e-commerce do mundo. O valor inclui outras operações da companhia, como os diários Express e Southern Maryland Newspapers. É esperado que a experiência de Bezos possa levar o Post a uma nova era. A questão é se sua expertise digital será suficiente para impactar todos os negócios do grupo, que ainda se sustenta com o dinheiro vindo do papel. Isso sem deixar cair a qualidade editorial e o poder investigativo do jornal que já derrubou um presidente. Até agora, não foram anunciados grandes projetos. Desde então, a novidade vinda de Bezos que mais causou barulho foi a ideia de drones entregarem os produtos da Amazon, divulgada ao mundo por um programa de TV neste mês.
3. Lições do NY Times
O balanço financeiro do primeiro trimestre de 2013 do The New York Times mostrou que a adoção do paywall, feita em 2011, gerou resultados. Embora tenha havido queda de 2% na receita de circulação em comparação ao mesmo período do ano anterior, de US$ 475,4 milhões para US$ 465,9 milhões, o jornal investiu em estratégias como pacotes de assinaturas mais baratos com o objetivo de elevar o faturamento. Outra mudança do NYT foi a venda da unidade New England Media ao Fenway Sports Group. No pacote, estavam as marcas The Boston Globe, Worcester Telegram & Gazette, GlobeDirect e suas respectivas propriedades digitais. O negócio foi avaliado em US$ 70 milhões. O modelo de paywall, que fez dois anos, foi adotado também pelos jornais do grupo MediaNews.
4. Hollywood faz aporte na Droga5
Muito já se falou sobre as conexões entre a Madison Avenue, endereço das agências em Nova York, e o Vale do Silício, símbolo da indústria da tecnologia, mas 2013 marcou definitivamente a entrada de um terceiro player: Hollywood. A agência de gerenciamento de carreiras de artistas William Morris Endeavor (WME) fez um aporte de US$ 225 milhões e assumiu 49% das ações da Droga5, de David Droga. O investimento potencializa uma parceria que deve culminar em projetos de branded content. Para a WME, o acordo significa a possibilidade de competir com a Creative Artists Agency (CAA), também agência de carreiras de artistas que preferiu criar um braço para campanhas e se destacou pelo case “Back to the start”, para Chipotle, vencedora dos GPs de Film e Branded Content, em Cannes em 2012.
5. A vez dos wearable gadgets
Em 2013, os wearable gadgets, dispositivos que podem ser vestidos pelos consumidores, ganharam atenção. O ícone é o Google Glass, óculos que permitem ao usuário, via comando de voz, tirar fotos, criar vídeos, usar GPS ou fazer buscas. O produto, já em testes, deve ser vendido em 2014. Os smartwatches também estão em alta. Enquanto o mercado espera pelo lançamento do modelo da Apple, a Samsung apresentou o Galaxy Gear, que faz ligações com controle de voz, acessa e-mails e redes sociais, controla a execução de músicas em outros aparelhos Galaxy e acompanha o desempenho em exercícios com um hodômetro — segmento dominado pela Nike e sua linha Nike +, cujo carro-chefe é o recém-lançado Nike+ FuelBand SE.
6. Microsoft tenta acertar seu rumo
Foi um ano intenso para a Microsoft. Desde janeiro, o CEO Steve Ballmer vinha sendo pressionado pelo conselho de acionistas para transformar a corporação em companhia voltada para dispositivos móveis e serviços de internet. Em agosto, concluiu que era preciso romper com o passado. Ou seja, romper com ele mesmo. Ballmer anunciou sua saída em 12 meses. Naquele dia, as ações subiram 7%. Em setembro, a gigante comprou a Nokia por US$ 7,2 bilhões, negócio apresentado como um “novo capítulo” na história da fabricante. O confronto “novo x velho” já havia começado em abril: o Messenger foi aposentado e o Skype, valorizado. Por sinal, a empresa, adquirida pela Microsoft em 2011, completou dez anos em agosto e bateu a marca de 300 milhões de usuários ativos.
7. O Yahoo de cara nova
Há um ano e meio como CEO do Yahoo, Marissa Mayer gera buzz desde sua chegada. Em janeiro, um balanço do grupo mostrou que o lucro saltara de US$ 1 bilhão, em 2011, para US$ 3,9 bilhões em 2012. O feito foi atribuído à presidente. Dentre as compras da gestão Marissa estão o navegador RockMelt e a rede Tumblr, maior aquisição do Yahoo até agora (US$ 1,1 bilhão). Mas o resultado do terceiro trimestre deste ano foi um balde de água fria. O lucro líquido foi de US$ 296,7 milhões, recuo de 91% sobre o mesmo período de 2012. É verdade que, no exercício anterior, o Yahoo somava ao balanço US$ 2,8 bilhões vindos da venda de participações no portal chinês Alibaba.
8. Reino Unido: cerco à imprensa
Escutas telefônicas na apuração de uma reportagem viraram escândalo, fizeram sumir anunciantes e levaram ao fechamento do jornal News of the World, da News Corp de Rupert Murdoch, em 2011. Mas o escândalo respinga até hoje. Mais de 125 pessoas já foram presas e o julgamento deve seguir até o fim do primeiro trimestre de 2014. Em outubro, a rainha Elizabeth II autorizou a criação de um órgão que regulamenta a atuação dos veículos. A proposta nasceu 11 meses depois da conclusão de um relatório na Justiça sobre o caso News of the World. O jornal foi condenado por causar estragos a vidas de inocentes. Na carta de aval da rainha, o órgão foi estabelecido para preservar a privacidade “onde não houver suficiente justificativa de interesse público”.
9. Argentina valida Lei de Mídia
Após quatro anos de embates jurídicos, a Suprema Corte da Justiça argentina declarou constitucional a Lei no 26.522 de Serviços de Comunicação Audiovisual, que ficou conhecida como Ley de Medios (Lei de Mídia, em português). Ela estabelece, entre outras normas, limites para licenças de TV paga, de TV aberta e de serviços de internet por uma mesma companhia. Com isso, afeta os conglomerados de mídia, em especial o Grupo Clarín, que faz oposição ao governo Kirchner. As empresas que detêm mais licenças de TV dos que as autorizadas pela lei deverão vender propriedades. Dono de 18% dos jornais de circulação nacional e mais de 40% da TV paga na Argentina, o Clarín, mais uma vez acionou a Justiça, mas apresentou um “plano de adequação voluntária”, reorganizando sua estrutura em seis unidades independentes, cujos titulares serão definidos posteriormente.
10. Call of Duty x GTA, jogo de bilhões
Lançado simultaneamente em 15 mil lojas do mundo, incluindo no Brasil, na madrugada de 5 de novembro, o jogo Call of Duty: Ghosts faturou US$ 1 bilhão no primeiro dia de vendas. A performance do game da Activision desbancou a do Grand Theft Auto V (GTA), que em setembro havia obtido a mesma marca de faturamento, mas em três dias. Ghosts retoma para a Activision o título de recorde de vendas da história dos games. Antes do GTA V, o jogo de melhor desempenho tinha sido o Call of Duty: Black Ops II.
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