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O futuro é mobile

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Ponto de vista

O futuro é mobile


6 de julho de 2012 - 3h24

Essa parece uma afirmação cada dia mais certa. Um infinito número de artigos, matérias e eventos discute o crescimento do uso do celular e de dispositivos móveis no consumo de serviços, informação e até entretenimento.

Vamos avaliar o cenário. O mercado de telefonia está se estruturando e o número de telefone móveis no Brasil é cada vez maior. Para termos uma ideia de dimensão 16 estados brasileiros já possuem mais de 1 celular por habitante. 

De acordo com a pesquisa TG.Net, do IBOPE Media, o acesso à internet por dispositivos móveis como Smartphones, Black Berry, iPhones, PDAs ou tablets já atinge 30,3% dos brasileiros conectados, totalizando cerca de 19 milhões dos aparelhos em uso, dentre as mais de 250,8 milhões de linhas ativas. Segundo a Juniper Research até o ano de 2016, 2/3 dos acessos às redes sociais devem ser através de dispositivos móveis.

Importante ainda ressaltar que os consumidores de baixa renda poderão se beneficiar de um pacote de benefícios do governo, que consiste em popularizar o acesso ao celular e internet. A ideia é que as operadoras vendam planos de serviços no valor máximo de R$ 30 por mês, que darão direito a fazer uma quantidade razoável de ligações pelo telefone móvel para qualquer operadora e usar a banda larga pelo aparelho. Além disso, serão disponibilizados computadores/tablets nas escolas públicas, o que deve resultar em um crescimento ainda maior de consumidores com acesso à internet na palma da mão.

Diante desse cenário, o mercado publicitário já passa a ver o mobile como uma mídia em expansão e o interesse dos anunciantes por essa importante parcela de mercado consumidor vem ganhando cada vez mais destaque. Prova disso é o aumento dos investimentos publicitários na rede nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada pela Berg Insigth, a publicidade móvel mundial deve crescer 37% ao ano, atingindo U$22,5 bilhões de faturamento em 2016. Tal crescimento significa que, até 2016, a publicidade móvel vai representar 15,2% de todo o gasto com publicidade online.

Ainda segundo o IBOPE, na comparação do último trimestre de 2011 com o mesmo período de 2010, a expansão foi de 77%, fazendo com que a internet chegasse a alcançar R$ 1,8 bilhão de faturamento somente nos três últimos meses de 2011.

Apesar disso é importante ressaltar que publicidade móvel ainda está em um estágio relativamente inicial em todos os países em desenvolvimento, e cada mercado irá desenvolver-se diferentemente ao longo da sua trajetória por conta das características socioeconômicas e culturais. 

Para Paul Gelb que se falou sobre o assunto no evento ProXXIma, realizado no mês de maio, o mobile é a tecnologia mais funcional que já tivemos na história. Ele ainda ressaltou que há hoje no mundo mais assinante móvel do que pessoas com acesso a água limpa e potável. Não é a toa que ortopedistas já começam a se preocupar com a nova doença do momento, o “textingtendinitis”, pois para navegar pela tela e segurar o celular os dedos estão sendo usados em um ritmo maior do que podem suportar e o resultado disso são pequenas lesões nos polegares, que ficam sobrecarregados.
 

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