Paulo Sergio Quartiermeister
9 de abril de 2012 - 10h54
Se há alguém injustiçado no mundo da comunicação é atendimento, cuja importância é colocada em xeque há algum tempo. Sim, existem profissionais ruins que deveriam repensar a vida para serem bem-sucedidos em qualquer outra coisa, menos atendimento. Mas incompetentes existem em todo lugar. Inadmissível é questionarem o papel daquele que mais representa o cliente na agência e vice-versa, e o único capaz de integrar, motivar e mobilizar a agência toda. E temperando tudo com os interesses da agência e do cliente. Ou na ordem inversa, como gostariam alguns.
Sem se preocupar em mudar de nome e gritando em alto e bom som que a vida sem atendimento é impossível, o que ainda falta é um atendimento forte e mais unido. O Clube de Criação, o Grupo de Mídia e, mais recentemente, o Grupo de Planejamento são exemplos a ser seguidos, principalmente por se preocuparem em representar suas áreas e de serem maiores que um indivíduo ou pequeno grupo deles.
Infelizmente, depois de várias tentativas de se consolidar o GA (Grupo de Atendimento), hoje ele não tem cara, coração nem endereço. E dificilmente esse cenário será modificado se excelentes profissionais de atendimento – e são muitos mostrando diuturnamente que um ótimo atendimento faz muita diferença – não se mexerem. Sem eles, nenhuma mudança interessante vai acontecer. Somente eles, principalmente os interessados na evolução da espécie, podem dar credibilidade legítima ao movimento e mobilizar muitos, inclusive os mais jovens que os têm como ícones.
E por que o GA revitalizado não começa definindo o perfil ideal do profissional de atendimento? Da formação necessária e saber negociar, ao imprescindível domínio do inglês e ser gestor de projetos, pessoas e crises. Afinal, estar sempre entre as rochas e o oceano não é para qualquer um.
Tradicionalmente, as agências de propaganda são reconhecidas pela sua criação, mídia e planejamento. Deveriam também ser avaliadas pelo seu excelente atendimento. O mercado precisa disso.
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