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Smartphones: os hábitos dos usuários brasileiros

Estudo MMA e Nielsen aponta que quase a metade dos donos de smartphones (48%) utiliza o dispositivo para pesquisar mapas e localização


29 de abril de 2014 - 10h41

Por Isabella Lessa, para o ProXXIma

Os smartphones foram o principal meio de acesso à internet para 33% dos portadores do aparelho em fevereiro deste ano, um salto significativo em relação a setembro do ano anterior, quando o índice era de 25%. É o que aponta o relatório Mobile Report Brasil, divulgado pela Mobile Marketing Association e a Nielsen Ibope, na segunda-feira, 28, com patrocínio da Vivo, Spring Mobile Solutions e Agência Ginga. Por meio de um questionário online, as associações mensuraram, ao longo dos últimos seis meses, o comportamento dos usuários brasileiros de smartphones a partir de verticais estatísticas, como sexo, idade, região e classe social.

Segundo Fabiano Destri Lobo, diretor executivo da MMA, a quantidade de pessoas que acessa a internet pelos smartphones só comprova a importância dessa tela para o ecossistema de comunicação. “Esse cenário é irreversível. Esses números são importantes para nos ajudar a entender os diferentes momentos da jornada do consumidor”, afirma.

Os resultados, apresentados por Thiago Moreira, diretor digital da Nielsen, indicam constante crescimento do consumo de smartphones na classe C. No segundo mês do ano, os usuários do aparelho pertencentes a esse extrato sócio-econômico chegou a 39%. Enquanto consumidores da classe A foram predominantes (45%), as classes D e E apareceram no ranking com 3%, fator que se deve a uma maior flexibilidade na oferta de preços dos aparelhos, segundo Moreira.

Em comparação ao ano de 2012, as vendas de smartphones saltaram 95% em 2013. Entre setembro e fevereiro, a aquisição do device aumentou de 17% para 21% entre os adultos com idades entre 35 e 49 anos, quase empatando com os adolescentes na faixa dos 10 a 17 anos, que passaram de 17% a 20% no mesmo período. No entanto, a posse de smartphones é maior no grupo de adultos com 25 a 34 anos, e menor (10%) entre os consumidores a partir dos 50.

Entre os teens, há mais meninas donas do aparelho (63%) do que meninos (37%). Porém, entre pessoas com idade acima dos 50 ocorre o inverso: 66% são homens e 34% são mulheres.

Como utilizam os smartphones
Checar e-mails e acessar as redes sociais empataram (77% cada uma) como as duas principais atividades realizadas no smartphone. Embora o Facebook ainda seja a plataforma mais popular (93%), o Whatsapp é a que mais cresce. Em setembro, o comunicador instantâneo foi acessado por 53% dos usuários, em fevereiro, por 74%.

Quase metade do público (48%) utiliza o dispositivo para pesquisar mapas e localização. Em segundo lugar, procuram notícias (47%) e, em terceiro, músicas (42%). As três principais situações de uso do smartphone ocorrem em momentos de espera, como trânsito, médico, cinema (52%), antes de dormir (48%) e logo após acordar (42%).

Quando o assunto é comércio mobile, os números apontam que a atividade se consolida como hábito. Na classe C, 9% dos usuários realizaram algum tipo de compra, índice baixo, mas que começa a ganhar expressividade. Para Ana Carolina Nigris Bizari, especialista de produtos mobile da Magazine Luiza, o principal desafio para os varejistas em geral é conseguir enxergar o consumidor como cliente único. “A classe C ainda está entrando no m-commerce, e o público D e E está comprando o primeiro smartphone. O desafio é levar a cultura mobile não só para os consumidores, mas para dentro das próprias empresas”, diz.

Nos últimos 30 dias, 14% dos donos de smartphones realizaram compras pelo aparelho. Dentre os usuários, 29% têm lembrança de anúncios de marcas ou produtos no device, enquanto 11% já ligaram para a loja ou prestador de serviço para saber mais informações sobre o anúncio visualizado. O Buscapé é o comparador de preços mais utilizado pelos brasileiros no smartphone, com 84%. Bondfaro (44%) e Zoom (14%) vieram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

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