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Entidades de jornais na AL publicam carta

Documento aprovado no domingo, dia 27, registra queixas do setor no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e enfrenta governos da região


3 de maio de 2012 - 1h32

As entidades de representação dos jornais na América Latina – entre elas a Associação Nacional dos Jornais, do Brasil – divulgaram nesta quinta-feira 3, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, documento que posiciona os veículos diante do que chamam de “perigo para a vida dos que a exercem” e “violência e intolerância” contra o jornalismo investigativo. O documento sinaliza a postura dos jornais em relação às mortes de jornalistas – 29 na região, em 2011 – e aos entraves criados por governos como Argentina, Bolívia e Venezuela, ainda que não os cite nominalmente.

Para resolver os desvios de comportamento de jornais, as entidades defendem a autorregulamentação “como mecanismo mais apropriado de responsabilidade social dos meios de comunicação e do jornalismo”. O documento ainda critica o uso de publicidade oficial por parte dos governos como “prêmio ou castigo” aos jornais e a criação de veículos “paraoficiais” que teriam como função “deslegitimar a crítica, fazer propaganda política e limitar o acesso à informação pública”. A referência mais explícita de uma tensão entre o setor e os governos latino-americanos é à política de produção de papel na Argentina, cuja presidente, Cristina Kirchner, declarou de interesse público, criando a possibilidade de intervenção na principal companhia fabricante do país, em dezembro de 2011.

A “Declaração de Santiago sobre a liberdade de imprensa na América Latina” foi assinada por Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (ADEPA, Argentina), Associação Nacional de Jornais (ANJ, Brasil), Asociación Nacional de la Prensa (ANP, Chile), Asociación Colombiana de Editores de Diarios y Medios Informativos (ANDIARIOS, Colômbia), AEDEP (Asociación Ecuatoriana de Editores de Periódicos, Equador) e Consejo de la Prensa Peruana (CPP, Peru). 

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