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Facebook: rumo aos dois bilhões

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Facebook: rumo aos dois bilhões

Com a saturação do mercado americano, Facebook recorre à publicidade em países específicos ? Brasil, inclusive ? para atrair mais público


16 de outubro de 2012 - 11h24

*Por Cotton Delo

O Facebook ultrapassou o primeiro bilhão de usuários há duas semanas, porém, saber se é possível chegar ao segundo bilhão é uma questão difícil, uma vez que ainda não tem acesso ao maior mercado da internet mundial, a China. Ao mesmo tempo, a rede já atingiu, nos paí­ses mais maduros em que está presente, certo nível de saturação. Para o Facebook, o Japão, bem como a Coreia do Sul, é um mercado emergente. Segundo a ComScore, apenas 27,6% dos internautas desses países são usuários ativos da plataforma.

Na Rússia, onde, de acordo com dados da empresa de pesquisa TNS Global, o tráfego dos concorrentes locais Vkontakte e Odnoklassniki é dez vezes maior que o do Facebook, a empresa está sendo bem direta em relação às suas aspirações para o país. O diretor-presidente, Mark­ Zuckerberg, passou a primeira semana de outubro em Moscou, onde apresentou uma competição na qual se desenvolveram aplicativos para o Facebook especialmente voltados ao público russo.

Ao que parece, a rede social já conquistou mercados como o Brasil (onde ultrapassou o ex-líder Orkut no ano passado) e as Filipinas. No entanto, prevê-se que milhões de pessoas passarão a utilizar a internet nesses países nos próximos anos e, por conseguinte, também se interessarão muito pelo site. Além disso, é mais provável que esses usuários utilizem o celular para acessar o Facebook, que, por isso, está desenvolvendo, de maneira acelerada, aplicativos e produtos relacionados à propaganda para dispositivos móveis.

A propósito, a publicidade deve desempenhar um papel fundamental na busca do próximo bilhão de usuários. Trabalhando com a Wieden+Kennedy de Portland (EUA), a empresa apresentou, há duas semanas, o seu primeiro anúncio (veja o filme abaixo). Embora tenha salientado que a peça é direcionada aos usuários atuais, a chefe de marketing para o consumidor Rebecca Van Dyck reconhece que o filme contém uma mensagem para os que ainda não fazem parte da rede, mesmo sem um apelo explícito.

Segundo Rebecca, “acreditamos que nossa atitude tenha de ser mais respeitosa. Temos de nos apresentar e dizer: ‘É nisso que acreditamos. Vem com a gente’. Ou até mesmo, ‘é isso que representamos e, se você não vê problema em curtir a foto do seu primo, então, tudo bem, vá em frente’.” A executiva também observou que a finalidade do anúncio não é fazer crescer a rede. “Nossos números estão muito bons, então, o objetivo não é atrair usuários novos ou mais jovens nem mudar a percepção dos de faixas etárias mais baixas”, diz.

O Facebook planeja veicular o filme em suas próprias ferramentas publicitárias e, considerando-se os 13 mercados selecionados, pode-se concluir onde a empresa acredita que se encontra seu próximo bilhão de usuários, ainda que a mensagem não seja explícita. O anúncio circulará nos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, México e Índia, além dos países nos quais o Facebook espera impulsionar o crescimento no futuro: Indonésia, Filipinas, Brasil, Japão e Rússia.
* Do Advertising Age 

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