Na Meta, IA será encarregada da avaliação de conteúdo de risco
De acordo com a NPR, documentos vazados da big tech indica que até 90% das avaliações serão automatizadas, substituindo necessidade de checagem por colaboradores
Na Meta, IA será encarregada da avaliação de conteúdo de risco
BuscarNa Meta, IA será encarregada da avaliação de conteúdo de risco
BuscarDe acordo com a NPR, documentos vazados da big tech indica que até 90% das avaliações serão automatizadas, substituindo necessidade de checagem por colaboradores
Meio & Mensagem
2 de junho de 2025 - 10h20
Nota atualizada às 14h00
(Crédito: Tada Images/Shutterstock)
A Meta usará a inteligência artificial (IA) para realizar avaliações de risco no Instagram e Facebook.
As informações estão contidas em documentos obtidos pela publicação norte-americana National Public Radio (NPR). Os documentos indicam que a big tech pretende automatizar, por meio da tecnologia, até 90% das avaliações, incluindo a própria segurança de IA, presença de adolescentes nas redes e uma categoria específica que trata de conteúdo violento e disseminação de conteúdo falso.
A diretriz será determinante para acelerar atualizações em algoritmos, implantação de novos recursos e segurança, bem como regras de compartilhamento de conteúdo, uma vez que dispensará quase que por completo a necessidade de checagem por humanos.
Ainda que a automatização seja mais rápida e até menos custosa, pode ter impactos dada a avaliações menos rigorosas e sem oposição, conforme indicou um ex-funcionário da Meta ao portal NPR em anonimato.
Na prática, colaboradores preenchem um formulário sore produto, e a IA fica encarregada da análise de risco e liberação do serviço de forma instantânea. Então, cabe à equipe de produto a checagem sobre o cumprimento dos requisitos apontados pela tecnologia. Apesar disso, a conferência por humanos não deverá ser padrão como acontecia antes segundo os procedimentos da big tech.
A reportagem de Meio & Mensagem entrou em contato com a Meta no Brasil e obteve a seguinte resposta: “Nós investimos mais de US$ 8 bilhões em nosso programa de privacidade, integrando a avaliação e a mitigação de riscos no desenvolvimento de produtos. Conforme os riscos evoluem e nosso programa se desenvolve, aprimoramos nossos processos para melhor identificar os riscos, simplificar a tomada de decisões e melhorar a experiência das pessoas. Nós usamos tecnologia para tornar as decisões de baixo risco mais consistentes e previsíveis e contamos com a expertise humana para avaliações criteriosas e supervisão de questões novas ou complexas. Nos comprometemos a entregar produtos inovadores enquanto cumprimos nossas obrigações regulatórias”.
Em janeiro, a Meta já havia anunciado o fim da checagem de fatos, que realizava desde 2016 por meio de um programa de verificação. O mecanismo foi substituído pelas notas de comunidade, que já eram utilizadas em outras redes, como o X.
Além disso, nos últimos anos, a companhia de Mark Zuckerberg vem implementando recursos para buscar garantir a segurança de crianças e adolescentes em suas plataformas. Na última semana, a operação brasileira da gigante da tecnologia chegou a indicar a responsabilidade de lojas de apps sobre verificação de idade, com base em uma pesquisa realizada junto à Ipsos com pais de menores de 18 anos.
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