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Por que o IPO do Twitter é confidencial

Artigo do Ad Age explica os motivos que levaram a rede social a manter o processo de abertura de capital em sigilo


13 de setembro de 2013 - 3h10

(*) Por Michael Learmonth, do Ad Age

Conforme anunciou na quinta-feira 12, o Twitter entrou com um pedido oficial de autorização para sua abertura de capital. Os detalhes financeiros do IPO da empresa, no entanto, são confidenciais, mediante instância da Jumpstard Our Business Startups (JOBS), que diminui os custos para empresas menores se tornarem públicas.

Desta forma, o Twitter pode movimentar seus negócios pela Securities and Exchange Comission (SEC) sem expor-se publicamente. Além disso, a empresa tem o direito de manter cada aspecto de seus dados financeiros longe do público até 21 dias antes de mostrá-los para investidores em potencial.

IPOs confidenciais são comuns desde a instauração da lei em abril do ano passado, porém, revelar a confidencialidade é incomum. Detalhes financeiros confidenciais têm sido poulares entre empresas de ad tech como Rocket Fuel, Marin Software, Tremor e YuMe.

O Twitter, no entanto, optou por deixar clara sua intenção com um tweet. O microblog é a empresa mais cotada para se beneficiar da cláusula do JOBS, portanto deve ter sentido a obrigação de informar o mundo sobre a confidencialidade. Só que o pronunciamento vai contra uma das vantagens fundamentais dos detalhes confidenciais: a possibilidade de evitar o estigma de não se tornar público.

A parte ruim é que os investidores têm menos tempo de saber quais são os detalhes financeiros da empresa.

Para o pedido confidencial, uma empresa deve ser considerada uma “empresa de crescimento emergente”, o que significa que suas vendas anuais ficam abaixo de US$ 1 bilhão. Pela cláusula do JOBS, os requisitos para reportar são menos estritos para tais empresas quando os dados vão a público. Por exemplo, elas podem dar dois anos de dados auditados em vez dos costumeiros três. No entanto, muitas empresas não tiram vantagem dos padrões mais indulgentes porque investidores podem olhar para eles de maneira mais cética.

Jim Prosser, porta-voz do Twitter, se recusou a comentar.

O Twitter vem preparando terreno para o IPO nos últimos seis meses. Parte disso são as recentes aquisições: Bluefin Labs, Trendrr, e o acordo de US$300 milhões pela MoPub, firmado no início desta semana.

A empresa foca em dois temas principais: posicionar-se como a principal segunda tela e construir infra-estrutura para negócios de mobile, estratégia que funcionou para o Facebook em 2012. O Twitter mostrou a intenção de buscar outras fontes de receita além da publicidade: no último mês, contratou o ex-presidente da Ticketmaster, Nathan Hubbard, como diretor comercial.

Diferentemente do Facebook, que declarou IPO em 2012, A receita do Twitter é estimada em US$582,8 milhões em 2013, de acordo com o eMarketer, e US$ 950 milhões em 2014. 

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