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Portais do México apontam urgência do setor: infraestrutura

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Portais do México apontam urgência do setor: infraestrutura

Cinco grandes players indicam a banda larga deficiente como entrave para maior avanço do mercado digital


7 de abril de 2012 - 11h20

O painel de encerramento do ProXXIma México contou com a participação de representantes dos cinco principais portais atuantes no país – Google, MSN, Terra, Televisa e Yahoo – e assumiu o tom mais acalorado do evento que aconteceu nesta quarta-feira, 7, na Cidade do México. Para os executivos, o baixo investimento em telecomunicações somado à cobertura deficiente de banda larga são fatores que impedem um maior avanço do mercado digital mexicano.

Andres Navarro, diretor comercial do MSN, destacou que além da prestação dos serviços privados ainda ser precária por falta de concorrência, o país carece de engajamento político na questão. “Há uma falta enorme de vontade política para resolver a infra-estrutura com mais investimentos”, avaliou.

Na mesma linha, Gerardo Adame, CEO do Terra México, comparou país com outros mercados latino-americanos, principalmente no que se refere às telecomunicações. “Não estamos atrás somente no item banda larga, mas principalmente na instalação de uma base de tecnologia que nos permita avançar. Brasil e Chile já estão resolvendo isso com mais velocidade do que nós”, acrescentou.

Representante da Televisa, Manuel Gilardi, vice-presidente digital da empresa, concordou que o México enfrenta problemas de infraestrutura, mas ressaltou que o país está prestes a vivenciar uma revolução. “A medida em que tivermos mais banda larga, nosso mercado irá disparar. O mexicano é adepto ao uso de internet e o dinheiro dos anunciantes vai acompanhar essa audiência”, disse.

Já o CEO do Yahoo, José Luis Elizarraras, minimizou a falta de infraestrutura e a baixa cobertura de banda larga no país. Para ele, o importante é que 42 milhões de mexicanos consomem internet e, assim como ocorreu com a TV e outros meios, o investimento publicitário irá acompanhar o crescimento. “Não concordo que temos de esperar o futuro para sermos importantes. O número de pessoas é o mais importante. E isso nós temos”, analisou.

No mesmo painel, o diretor de relação com agências do Google, Roberto L’Hospital, convidou o auditório a pensar se a cifra de US$ 400 milhões – valor movimentado pelo mercado digital mexicano em 2011, segundo o Interactive Advertising Bureau (IAB) – seria justa considerando a base de 42 milhões de usuários de internet. “Para mim, esse valor é uma vergonha. Falta comunicação e engajamento do nosso setor para conquistar mais espaço”, completou.

Para José Luis Elizarraras, do Yahoo, as cifras movimentadas não são o mais importante uma vez que o potencial de crescimento é ainda maior. “Precisamos parar de pensar no que somos e pensar no que vamos ser. Essa perspectiva é baseada em números reais de audiência”, completou.

Os representantes dos portais também falaram sobre o crescimento da audiência das redes sociais no México e sua importância para os portais. “São plataformas que complementam nossa estratégia de compartilhamento de informações”, afirmou Manuel Gilardi, da Televisa. No entender de Roberto L’Hospital, a utilização das redes deve ser feita de forma que a audiência migre para consumir conteúdo nos portais. “É uma tendência já que o público está lá, mas é preciso direcioná-lo para consumir conteúdo nos sites”, observou.

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