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Sayad avalia seu mandato na TV Cultura

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Sayad avalia seu mandato na TV Cultura

Prestes a entregar a presidência para Marcos Mendonça, ele analisa os principais feitos da sua gestão e o atual cenário da TV pública


13 de maio de 2013 - 3h55

Dentro de alguns dias, João Sayad se despedirá oficialmente da presidência da Fundação Padre Anchieta. O conselho curador da Fundação se reuniu nesta segunda-feira, 13, para escolher seu sucessor. Candidato único, Marcos Mendonça foi eleito para um novo mandato à frente da mantenedora da TV Cultura, tendo sido aprovado por 35 dos 43 conselheiros presentes. Ele foi presidente da Fundação entre 2004 e 2007 e também foi secretário da cultura do governo estadual.

A posse de Mendonça está marcada para o dia 24 de junho. O advogado Belisário dos Santos Jr foi eleito, por unanimidade, presidente do Conselho.

Os três anos da gestão de Sayad ficarão marcados como o período de uma das maiores reformulações administrativa e financeira pela qual a Fundação – especialmente a TV Cultura – já atravessaram. Quando assumiu o mandato, 2.124 funcionários faziam parte do quadro da Fundação. Em fevereiro deste ano, esse número caiu praticamente pela metade: 1.140.

Em 2011, após a vivência do primeiro ano na presidência, Sayad declarou, em entrevista concedida ao Meio & Mensagem, que uma revisão completa da estrutura produtiva da Padre Anchieta – que englobava a eliminação de cargos ociosos e a otimização das produções da casa – era mais do que necessária para que a TV Cultura mantivesse os princípios de emissora educativa e de um espaço democrático para o público.

Foi também na gestão de Sayad que a curva dos repasses governamentais e das receitas próprias da Fundação se inverteram. Em 2010, o governo de São Paulo destinou R$ 86 milhões à Padre Anchieta. No mesmo ano, as receitas próprias (captadas com publicidade, vendas de produtos licenciados, assinaturas dos canais pagos, etc) rendeu R$ 142,5 milhões. Já em 2011, quando a maior parte das reestruturações administrativas foram colocadas em prática, o repasse do governo voltou a ter peso maior. Foi liberado um total de R$ 115,5 pelo Estado, enquanto as receitas próprias caíram para R$ 85,7.

A tendência, que já deu sinais no ano passado, é de que a TV Cultura volte novas atrações que, na média geral, levaram a Cultura ao quinto lugar na média do Ibope em São Paulo, ultrapassando a RedeTV. Programas que valorizam a interatividade e os recursos de segunda tela foram priorizados na apresentação da grade de 2013.

Diferentemente dos presidentes anteriores, Sayad declinou de disputar um segundo mandato e a sucessão foi marcada pela apresentação da candidatura de Mendonça, a entrada do ex-secretário municipal de Cultura Carlos Augusto Calil na disputa que abriu mão da eleição porque não tinha votos suficientes entre os membros do conselho. A saída de Sayad foi marcada pela publicação de um artigo na Folha de S.Paulo no dia 6 de maio que, embora não faça menção direta à Fundação Padre Anchieta, trata de corrupção nos órgãos públicos. Sayad escreveu, na ocasião: “Existe também a corrupção pequena (de custeio, diriam os economistas): contrata parentes, compra papel higiênico superfaturado, orienta a criação de empresas de fachada para prestarem serviços, cria cooperativas para pagar funcionários terceirizados, faz acordo de ‘kick back’ com os fornecedores e, principalmente, avacalha, paralisa, lasseia e termina por matar a organização que administra”. O artigo foi interpretado como uma crítica à Fundação.

Leia abaixo entrevista de Sayad avaliando o cenário e as pendências que deixará para Mendonça em seu novo mandato: 

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