Séries ganham de filmes em VOD

Meio & Mensagem
22 de julho de 2013 - 10h44

Usuários de plataformas VOD preferem programas e séries de do que filmes. TV é o conteúdo mais baixado por 77% dos assinantes do Netflix e por 79% do Amazon Prime, indica pesquisa da GfK divulgado recentemente.

O Hulu – que vai receber novo aporte de US$ 750 milhões – colocou TV em seu cardápio há pouco tempo e esse conteúdo já é preferido por 96% dos usuários. Entre todas as empresas de VOD, conteúdo de TV é preferido por 81% dos usuários, contra 19% de filmes. 

A GfK entrevistou mais de 500 assinantes americanos de um ou mais dos serviços, com detalhes sobre seus hábitos televisivos, analisando cerca de 2,3 mil segmentos de conteúdo. As plataformas ainda não liberam números que correspondam à audiência, o que torna impossível a comparação desses dados com informações de TV paga e aberta.

Apesar do grande investimento e da enxurrada de novos assinantes que atraiu, o conteúdo original Netflix não é o mais popular. Mesmo as séries mais citadas entre os downloads preferidos têm share pequeno: Star Trek, a campeã, foi citada por 4% dos usuários; em segundo lugar ficaram Breaking Bad e Mad Men, com 3%; e Heroes e Family Guy em seguida, com 2%. Todos os outros programas tiveram share menor que esse – House of Cards, que foi recentemente indicada ao Emmy, tem cerca de 1%. Entre os filmes, apenas Jogos Vorazes superou os 2% de share, com 7% de downloads. 

David Tice, vice-presidente sênior da GfK, declarou ao MediaPost que “ao contrário do modelo de transmissão televisiva de audiência de massa, serviços de streaming geram visualização episódica, de nicho – mais ampla e imprevisível do que até mesmo os 200 canais de uma TV a cabo.”

O estudo também descobriu que uma quantidade significativa de usuários de VOD ocorre em aparelho de TV conectado à internet, incluindo consoles de jogos e aparelhos Blu-ray, entre outros dispositivos. A análise da GfK também aponta que tais serviços não deverão provocar quedas nos números de assinantes de TV, mas o aumento de seu consumo poderá cortar parte das verbas publicitárias direcionadas a outros meios de televisão.