A profecia não realizada
Lideranças muito preparadas, com equipes renovadas, mirando o futuro com olhar de quem veio para ficar mudam o cenário da mídia out of home no Brasil
Lideranças muito preparadas, com equipes renovadas, mirando o futuro com olhar de quem veio para ficar mudam o cenário da mídia out of home no Brasil
21 de setembro de 2018 - 11h35
O mundo convive com grandes previsões, normalmente catastróficas, que nem sempre ou quase nunca se confirmam. Pragas, crises, falta de água, sobra de água, sempre apontando para o final de tudo. O mercado publicitário não foge a essa regra.
Nossos gurus de plantão buscam sempre prever alguma possível maldição que será inevitável e que mudará tudo, sempre sinalizando um final terrível. Entre as mais famosas que viraram cases, acabaram com o rádio, a televisão, o cinema. Nenhum deles sobraria para contar uma nova história. Não teriam como suportar os prognósticos irados. Não foi bem assim, até onde sei, e todos eles estão bem, obrigado.
Como não podemos parar de criar notícias caóticas, a mais recente veio em direção à mídia exterior. Era a bola da vez. Não dava para errar. Pouco restaria de um meio que era totalmente analógico, sem informação e quase sem regras.
Para facilitar tudo o que estava sendo profetizado, anunciando a chegada do mal final, veio em forma de lei, a pá de cal que faltava: Cidade Limpa. Sendo oficial a sua proibição, não era possível que sobrevivesse. Estavam banindo do universo essa forma de comunicação. E foi dado como um meio quase extinto, que fazia parte do passado.
Mas como hoje as previsões estão acontecendo em períodos mais curtos, passamos a viver para ver e cobrar os resultados. E para surpresa geral, antes do final oficial, a lei flexibilizou um pouco e surgiram novas possibilidades de uso.
Quem estava fora do jogo, voltou a campo, com muita energia. Coração batendo forte e respirando sem ajuda de aparelhos. Empresas internacionais se estabeleceram definitivamente aqui, com toda sua expertise e conhecimento.
Nasceram empresas nacionais, com o mesmo padrão de qualidade das irmãs estrangeiras. As que já estavam no mercado, rapidamente se remodelaram, pois, novos tempos estavam surgindo.
Lideranças muito preparadas, com equipes renovadas, olhando o futuro com olhar de quem veio para ficar. As regras ficaram claras, como diz um ex-juiz famoso de futebol, e passaram a valer. As informações chegaram e com muita qualidade.
E o meio que quase foi abatido por ser pré-histórico, retornou como digital. O que significou isso? O crescimento de faturamento passou a ser de dois dígitos ao ano, o segundo em penetração e, junto com o online, são os meios que ganharam share, enquanto os demais ou perderam ou mantiveram suas posições.
Muita coisa aconteceu num curto espaço de tempo. Os números estão provando. O Cenp Meios aponta o nosso esforço sendo recompensado. Até a maneira de definir está em transformação.
Acredito que com todas essas mudanças, e com o nível de qualidade que se chegou, podemos chamar de OOH, pois estamos em sintonia com o que há de mais moderno no mundo. E para destacar as campanhas que estão cada vez mais criativas, lançamos um prêmio.
Com tudo isso que foi e está sendo feito, posso garantir que a previsão, nesse caso, não se realizou.
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