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Opinião

O que os dados estão nos dizendo

Gestão inteligente das informações está no centro da transformação do varejo, do qual o consumidor espera nada menos do que uma jornada fluida


12 de dezembro de 2022 - 10h43

(Créditos: Shuttestock)

Em 2023, as marcas seguirão por um terreno desconhecido e fragmentado à medida que o retail media avança e, mais do que nunca, precisarão de parceiros que entreguem soluções tecnológicas capazes de ajudar na transformação digital. O grande desafio é garantir uma estratégia integrada de tecnologia e engajamento do consumidor ao longo de toda a jornada. Para isso, precisamos saber o que os dados estão nos dizendo e o que fazemos com essas informações.

A pandemia acelerou a mudança digital e de negócios dentro das empresas e fez surgir uma base de clientes cada vez mais exigente que busca uma compra simples e personalizada. E isso nos forçou a ter uma visão de omnichannel para proporcionar uma jornada de compra que possa fluir sem interrupção. Ou seja, o consumidor precisa ter uma experiência confortável e unificada independentemente do meio, seja físico ou virtual. Assim, ele será capaz de comprar com facilidade em todos os canais, sem problemas ou inconsistências no atendimento ao cliente, disponibilidade de produtos, preços, conteúdo, opções de entrega etc. Isso exige que as marcas entendam seu público-alvo, o que os motiva e como eles tomam decisões.

Quando falamos em retail media, estamos alguns passos atrás dos mercados americanos e europeus. Nestes países, o varejo não é somente um potente canal de vendas, mas também um espaço de publicidade e compartilhamento de dados que fortalece as marcas e a indústria. No Brasil, esbarramos na insegurança do público em relação ao compartilhamento de dados, pois ainda existe muita resistência e falta de confiança por parte dos consumidores. Com isso, acabamos perdendo imensas oportunidades de monetização desses espaços digitais, que resultariam em um incremento de receita e, ainda, muito mais clientes impactados, tanto no e-commerce quanto na loja física.

Falando em dados, o foco aqui não é usá-los apenas para segmentação de campanhas — e sim para mostrar como as informações e insights podem apoiar as marcas e as indústrias a vender mais e melhor. Com a visão que cruza dados de mídia e de vendas online e offline a partir dos hábitos e demandas dos consumidores, as empresas passarão a entender melhor o comportamento de seus clientes, construindo mais relevância e consideração da marca.

No centro dessa mudança urgente e necessária para o digital estão os dados que colocam a empresa na linha de frente com os consumidores. Cada ação realizada — encomendar roupas online, comprar comida por aplicativo, assinar um serviço de streaming — gera dados que, se bem coletados, analisados e cruzados com informações que ajudem a estabelecer tendências e preferências do seu público, podem trazer uma melhor compreensão do comportamento online por meio da previsão de padrões e personalização. Nesse ambiente de crescimento rápido e disruptivo, entender o que funciona — e o que não funciona — é fundamental. Até porque sabemos que, nos próximos anos, a indústria de comércio eletrônico continuará a crescer, o comportamento do consumidor continuará a mudar e os limites entre compras físicas e digitais continuarão a se confundir.

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