5 tópicos de comunicação e desenvolvimento para o novo Governo

Pyr Marcondes
30 de janeiro de 2019 - 11h44

1.O BV – Já em seus primeiros dias de vida, o novo Governo atacou atabalhoada e ignorantemente o BV e, indiretamente, as leis que regem os fundamentos da indústria da comunicação e marketing no Brasil. Caminho errado. O caminho certo é convidar os players da indústria da comunicação e reguladores a sentarem na mesma mesa, entendendo todos do que se está falando e a relevância desta indústria ao desenvolvimento do País.

2. Lei dos 30% – revisão e rediscussão da lei que limita a 30% a posse de meios de comunicação pelo capital estrangeiro. A lei foi útil e cumpriu seu papel, mas num mundo globalizado, Brasil incluso, dificilmente se sustentará no médio e longo prazos. Revisá-la previamente com calma e com ampla discussão participativa dos player da indústria da comunicação e marketing, academia e membros da sociedade civil que possam contribuir torna-se relevante. Pode ser a alternativa de sobrevivência para alguns grupos, inclusive. Passando pelo Congresso, óbvio.

3. Regulamentação do 5G –  O  Brasil é signatário de alguns acordos internacionais de adoção do 5G. Poucos na sociedade conhecem as bases desses acordos, porque poucos se interessam por algo que parece tão distante, ainda mais num País como o Brasil. Foi pensando assim que perdemos vários saltos evolutivos tecnológicos dos últimos 20 anos. Ainda dá perfeitamente tempo de entendermos como deveria ser uma política de 5G ideal para o Brasil. Mesmo nos países mais desenvolvidos, essa fase regulatória está ainda em discussão. O novo Governo prestaria um imenso serviço à Nação se nos incluísse nessas discussões agora e não quando nos tornarmos obsoletos e atrasados em relação a esse novo patamar do mundo da conectividade, que viabilizará a Internet das Coisas.

4. Lei Nacional de Proteção de Dados – Não ouvi o  novo Governo se posicionar claramente a respeito, mas essa lei é vital para o desenvolvimento sustentável do País em termos de respeito a privacidade do cidadão, num momento em que, evidentemente, a falta de controle conduz a abusos de companhias e Governos, sempre em detrimento dos direitos das pessoas no controle de seus dados pessoais.

5. Leis de fomento a startups – Não há, na legislação brasileira, estímulo regulatório claro ao surgimento e ao investimento em startups no Brasil. Elas são uma das grandes saídas de muitos dos problemas da Nação em inúmeros setores, na indústria da comunicação e marketing isso não é diferente. A criação de leis que estimulem esse segmento vital para o futuro do País seria mais que bem vinda.