Pyr Marcondes
12 de fevereiro de 2019 - 8h39
“Amazon is not too big to fail … In fact, I predict one day Amazon will fail. Amazon will go bankrupt. If you look at large companies, their lifespans tend to be 30-plus years, not a hundred-plus years.”
Essa frase foi dita por Jeff Bezos há dois meses, no último encontro “all hands” (quando todos os empregados de uma companhia são chamados a participar de uma reunião com a direção da empresa, no caso deles, mais de 600 funcionários globalmente… é hands pra cacete :-)) da Amazon, referente ao quarto trimestre de 2018.
O que Bezos nos indica ao admitir tão corajosamente uma previsão tão catastrófica para sua corporação, é que ele sabe que, no mundo contemporâneo a ideia que durante séculos mobilizou e até mesmo eternizou as grandes corporações, de que grandes companhias são construídas para durar para sempre, não se sustentará mais. Possivelmente.
Se olharmos para estatísticas, análises e estudos a respeito da permanência e duração das companhias nas últimas décadas, notadamente após o advento da revolução digital, vamos começar a perceber que, enquanto exatamente as corporações que duraram séculos estão agora começando a ser disrompidas pelas novas companhias mais amparadas pela tecnologia e a inovação, também essas mesmas companhias amparadas pela tecnologia e a inovação não tendem a durar eternidades. É o que pensa Bezos.
Trago um statement de dois meses atrás a você, que me lê, porque esse é um tema sobre o qual todos nós deveríamos nos debruçar mais, refletir mais e, até, atuar mais sobre ele.
Ora, se companhias não são mais feitas para durar e sua vida deverá tornar-se mais curta, de alguma forma, que tipo de estratégias devemos adotar para geri-las diante do futuro? Aliás … que futuro?
E as marcas, deverão ser construídas para durar ou nem?
Pensou nisso já? Bom pensar.