Blog do Pyr
A digitalização da Olimpíada
Houve o que foi feito online, um mundo paralelo que grandes eventos como a Rio 2016 passaram a explorar com um pouco mais de atenção, planejamento e profissionalismo
Houve o que foi feito online, um mundo paralelo que grandes eventos como a Rio 2016 passaram a explorar com um pouco mais de atenção, planejamento e profissionalismo
Pyr Marcondes
23 de agosto de 2016 - 10h39
Vimos com enorme prazer, emoção e até orgulho tudo que rolou ao vivo na Olimpíada. Mas adicionalmente ao que assistimos pelas TVs aberta e fechada – que aliás realizaram um trabalho de cobertura de tirar o chapéu – houve o que foi feito online, um mundo paralelo que grandes eventos como a Rio 2016 passaram a explorar com um pouco mais de atenção, planejamento e profissionalismo.
Vejam as marcas que estiveram presentes de uma forma ou de outra no evento. Todas, sem exceção, incorporaram ativações digitais complementares a suas campanhas e, pelo escopo do que rolou, fica claro que não se trata mais, como antes, apenas de um puxadinho digital, mas de ações que estiveram presentes no conjunto da obra desde sua concepção, tendo funções mais ou menos relevantes, dependendo do caso, não importa, mas integradas ao todo do projeto de live marketing. Isso vale a pena registrar.
Vamos lá, correndo o sério risco aqui de esquecer (involuntariamente) alguém, tivemos McDonald´s, Bradesco, Nissan, Visa, Samsung, Coca-Cola, Claro, Skol, P&G, Gilette, Correios, entre outros, que lançaram mão não apenas das tradicionais redes sociais, o que já virou um clássico, mas de interações entre as ativações do mundo real feitas nas arenas ou em algum lugar do Rio, com extensões digitais criativas e mais fora da caixa do que um tweet ou um post na fan page.
Muitas companhias optaram por gerar imagens em tempo real via streaming, transformando-se assim em publishers de conteúdo em tempo real.
Com papel relevante em várias dessas ações, os influencers compuseram esse esforço digital com sua contribuição testemunhal sempre prioritariamente online.
A Nissan colocou sua equipe para acompanhar o trajeto da tocha olímpica por todo o País e transmitir pela internet ao vivo cada etapa. A Skol fez dezenas de festas e tudo esteve online o tempo todo. A Gilette produziu vídeos online sobre as várias modalidades esportivas. Enfim, há dezenas de casos no Brasil e no exterior em que as marcas aliaram on e off possivelmente como nunca haviam feito antes em um evento ao vivo.
O Citigroup, patrocinador da equipe norte-americana, investiu este ano 25% mais em digital do que nos Jogos de Londres. Vários desses anunciantes montaram o que se convencionou chamar de war room para integrar todas essas ações digitais em tempo real ao projeto macro de comunicação e marketing de suas marcas, uma vez mais, integração do live marketing ao digital.
O ponto aqui é perceber o seguinte: essa tendência, que nos grandes eventos começa a se consolidar como inevitável e a crescer ano após ano, vai trazer uma experiência cada vez mais elaborada para cada marca que experimentá-la e isso deverá, aos poucos, se espalhar para a realidade cotidiana dessas companhias, sendo possível prever um momento em algum lugar não muito distante no futuro em que on e off serão lados de uma mesma moeda que estará em circulação não mais episódica como numa Olimpíada, mas o tempo todo, em nossas vidas.
Um jogo em que todos sairemos campeões.
Veja também
IAB cria regras para in-game ads e isso muda completamente o jogo
A expectativa é que o aumento da transparência deverá estimular ainda mais anunciantes a apostarem fichas no mundo dos games
Propaganda anaboliza economia nos EUA e segue sendo indústria da prosperidade
Na ótica macroeconômica, por outro lado, ela é bem mais poderosa e impactante do que normalmente se imagina