Blog do Pyr
AKQA x Grey: que vença a AKQA!
Sei que não é uma briga, mas é sim uma competição, sobre qual cultura deverá prevalecer e liderar, após a fusão das duas empresas
Sei que não é uma briga, mas é sim uma competição, sobre qual cultura deverá prevalecer e liderar, após a fusão das duas empresas
13 de novembro de 2020 - 10h51
O fato do WPP ter chamado a companhia resultante da fusão de AKQA Group mostra já claramente que também a holding company tem o desejo de que a AKQA vença. Não é uma guerra, mas é sim um desafio gigante fazer com que uma companhia com 103 anos de vida, a Grey, com excelente trabalhos criativos e estratégicos de comunicação prestados ao longo desse tempo todo para centenas de marcas mundo afora, seja coadjuvante diante de uma outra empresa, com um DNA insanamente diferente, que seria então a protagonista, e que o seu jeito de fazer as coisas se sobreponha na liderança, de agora em diante, da nova empresa.
Pode haver a soma do melhor de uma com o melhor da outra? Sim, pode. Seria assim, aparentemente, o melhor para todos.
Só que não.
A Grey é uma das empresas indiscutivelmente emblemáticas da história da propaganda global, mas de uma história e de uma indústria que não existem mais. Em entrevista ao The Drum, o fundador da AKQA, Ajaz Ahmed, e o CEO Global da Grey, Michael Houston, na qual ambos poderiam esclarecer mais sobre tudo isso, se espremida, a entrevista revela muito pouco sobre o que deverá, de fato, acontecer após o merge.
Eles tergiversaram a 30 mil pés de altura sobre uma hipotética carta de intenções e um pacto entre ambos e as duas empresas, de construírem uma cultura comum para os colaboradores, clientes e o mercado.
Lindo. Quase chorei. Juro. De palpável, xongas. Não estou criticando não, só constatando. Não há a menor chance, na real, que os dois tenham mesmo, agora, a mais pálida ideia do que vai acontecer daqui para a frente.
Prevejo um baita confronto entre as duas culturas e, na boa, torço para que a da AKQA vença. Não porque gosto incomensuravelmente mais de uma do que de outra, o que é verdade. Mas porque, só assim, o AKQA Group tem chances de, ele mesmo, vencer. E o WPP também. E o futuro da indústria de marketing e comunicação idem.
Vejam algumas coisinhas sobre como a AKQA pensa a si mesma e sobre o que veio ao mundo para fazer:
“We believe in designing customer experiences that reveal in the beauty of simplicity. We believe in the power of brands to evoke emotion, to stand apart in a crowd, and to forge enduring loyalty. By designing ecosystems that are distinct and purposeful across every touchpoint in every channel, we delight customers and employees, and future-proof organisations.
Through our endless curiosity for human behaviour, and our deep reverence for craft, we help organisations design, shape and amplify their brand, product and service to create experiences that customers and employees truly value. Through this, we make a disproportionate and sustainable impact for the organisations we serve.
Our unique suite of capabilities across digital, spatial, and industrial design allows us to conceive and realise experiences in every environment, whether a product, an application, or a retail space alongside our partners Universal and Map.”
Que vença a AKQA!
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