Apple e Google ditam tendência: bloqueio de publicidade online.

Pyr Marcondes
6 de junho de 2017 - 11h49

A moda começa a pegar.

Primeiro foi o Google, que recentemente anunciou que seu browser Chrome vai bloquear anúncios considerados (por seus algoritmos) irritantes ou de alguma forma impróprios. É um movimento contra os crimes digitais que estamos acompanhado de perto aqui, mal uso da publicidade online.

Agora a Apple acaba de anunciar em seu evento anual WWDC, que seu browser Safari, como parte integrante do High Sierra, nova versão do seu sistema operacional para desktops macOS, vai bloquear o rastreamento da publicidade online.

E o que isso signfica? Bom, pode vir a significar um enorme problema para as empresas de tecnologia que atuam no setor, bem como para agências e anunciantes.

Os browser são nossos navegadores na web. Os mais conhecidos são Chrome, Safari e Firefox, que detém a maior parte do mercado e, portanto, por eles passa a  maior parte do tráfego na web.

Sobre eles e através deles operam também todos os programas e tecnologias que rastreiam a publicidade online, permitindo o acompanhamento das peças veiculadas, o retargeting, a mensuração de performance, etc.

Se os browsers todos resolverem bloquear esse rastreamento, ele se torna inviável, idem parte relevante da publicidade online.

No caso do High Sierra, essa funcionalidade já vem embarcada e bloqueia o rastreamento automaticamente.

Além de bloquear o rastreamento de anúncios, a próxima versão da Apple do Safari também bloqueará os vídeos que são exibidos automaticamente, um golpe potencialmente importante para os editores que dependem cada vez mais da receita de publicidade em vídeo digital.

O Google está adotando uma abordagem colaborativa em seu lançamento, oferecendo aos editores ferramentas para o que será e não será bloqueado. Também está criando uma maneira para que os usuários possam pagar aos publishers se eles preferem não ver anúncios, mas desejam pagar por conteúdo.

Já a Apple parece estar sendo um pouco mais dura e inflexível. Temos que esperar para ver como o mercado recebe essa novidade e como a companhia vai reagir