Pyr Marcondes
3 de dezembro de 2018 - 9h31
Um outro livro que ando lendo, chamado “History – From the dawn of civilization to the present day”, tem já nos primeiros capítulos, sobre os homens da caverna, a lembrança de que o Homem deu um salto quântico em sua existência na Terra e também de diferenciação das outras espécies quando começou a imaginar coisas. Exercitar uma capacidade que acabou por lhe tornar o dono do pedaço, que é a abstração e a habilidade para imaginar coisas.
Daí nasceu a arte e até hoje nascem ideias e mais ideias que nos diferenciam dos outros animais do Planeta.
Abel Reis destaca essa como sendo uma das principais capacidades que será vital para que sigamos diferenciados, agora das máquinas. Aqueles que exercem funções de trabalho de baixa diferenciação e nas quais a abstração não seja relevante, correm maior risco de serem substituídos pela Inteligência Artificial.
Além dessa característica, Abel cita a empatia como sendo igualmente vital para os seres humanos seguirem relvantes no ambiente da força de trabalho, mas meu foco aqui agora é a automação.
Você deve estar pensando, “mas caramba, o risco da perda de postos de trabalho para a automação faz aprte da nossa realidade faz tempo, basta ver o chão de fábrica as grandes montadoras, por exemplo”.
É verdade.
Mas o alerta aqui é de outra natureza. Áreas ligadas a prestação de serviços, que hoje consideramos reduto inexpugnável para robôs, serão afetadas também. Serão todas aquelas que não impliquem em capacidade criativa ligada a soluções originais. E isso é bem mais do que apenas a mão de obra operária clássica da indústria.
Abel comenta que cerca de 50% dos postos de trabalho existentes no Brasil poderão ser substituídos pela automação. Certamente um índice altíssimo, que colocaria o País em um estado de caos social inimaginável até hoje.
Para pensar a respeito e tentar agir de alguma forma para que isso não se torne realidade.