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Moonshot thinking: inovação para resultados 10 vezes maiores
Ao investir em Moonshot Thinking, as empresas não fazem 10% melhor, mas buscam resultados 10 vezes maiores.
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ProXXIma e Robson Almeida
23 de julho de 2019 - 9h32
Por Robson Almeida (*)
Graças à metodologia Moonshot Thinking, estão chegando ao mercado várias tecnologias que antes só existiam na ficção, como: carros autônomos, inteligência artificial, processadores quânticos e entregas realizadas por drones.
E a capacidade de propor metas ambiciosas para impactar muitas pessoas se tornou crucial para várias empresas. Nesse sentido, já estão em prática projetos que vão transformar a economia, a qualidade de vida e os costumes nos próximos anos.
A metodologia Moonshot Thinking
Muito se fala, atualmente, em incrementar a produtividade. Isso afeta não só as empresas, mas também os consumidores, que estão em busca de baterias que duram mais, carros que fazem mais quilômetros por litro de combustível, versões mais atualizadas e eficientes de sistemas.
Pablo Rodriguez, CEO da Alpha, hub de inovação da Telefónica, critica o excesso de foco nessa busca frenética pela otimização: “Por estar tão decidido a resolver um problema, você pode perder completamente a solução de um problema muito maior, mais significativo e simples!”
Exemplificando numericamente: o desafio do Moonshot Thinking não é fazer 10% melhor, mas buscar resultados 10 vezes maiores.
Assim pode ser explicada a dicotomia existente entre essa cultura, que podemos chamar de “incremental”, e o pioneirismo que se manifestou nos programas espaciais americano e soviético. Pois, para levar o homem à Lua, não bastou somente melhorar tecnologias já existentes nos anos 60; foi necessário criar soluções ambiciosas e totalmente inovadoras.
As suas principais vantagens
Ao investir em Moonshot Thinking, as empresas estão conseguindo reter talentos de ponta, indispensáveis para se manterem na vanguarda do desenvolvimento tecnológico. Mais do que salários e benefícios atraentes, o que elas oferecem aos profissionais é irrecusável: a chance de protagonizar a busca de soluções para grandes desafios da humanidade. Entre os quais estão:
• acesso à energia limpa e água potável;
• universalização da internet;
• longevidade e novos tratamentos de saúde;
• mudanças climáticas;
• colonização interplanetária.
Além de identificar enormes problemas que impactam muitas pessoas, é necessário propor uma mudança radical. “Vale a pena tentar resolver esses problemas cruciais, mas aparentemente impossíveis, especialmente aqueles que só podem chegar à cabeça daqui a 5 ou 10 anos. Você pode transformar sua empresa ou até você mesmo!”, enfatiza Rodriguez.
Para ele, vivemos uma época de oportunidades jamais vistas em termos de avanços tecnológicos. Não faltam exemplos, como a aplicação das teorias e propriedades da mecânica quântica na Ciência da Computação. Se os computadores atuais ainda não oferecem capacidade de processamento para suportar uma Inteligência Artificial avançada, essa barreira cairá em pouquíssimo tempo.
Com a escala global, o custo da experimentação se torna cada vez menor, e isso permite fazer apostas mais ousadas. Em vez de apenas incrementar 10%, propondo melhorias em produtos cujos mercados já existem, com o Moonshot Thinking as empresas pensam 10 vezes maior e criam novos mercados que movimentam bilhões de dólares. E, de quebra, elas valorizam sua imagem junto ao público.
Tal esforço consiste na reinvenção de processos e na criação de tecnologias disruptivas para mudar radicalmente os hábitos de saúde em todo o mundo, levar internet a localidades remotas ou permitir a colonização humana em Marte. Parece impossível?
“If you’re not some things that are crazy, then you’re doing the wrong things!”, sentencia Larry Page, cofundador do Google.
Empresas que já investem em Moonshot Thinking
A subsidiária Google X Lab se tornou a principal referência quando se fala em Moonshot Thinking. Um dos projetos mais conhecidos é o do carro autônomo, que já tem protótipos em funcionamento. Ele surgiu como resposta ao desafio de evitar a perda de vidas em acidentes de trânsito. Para isso, são combinados dados pré-mapeados com sensores ao vivo e Inteligência Artificial.
Outra tecnologia inovadora é o Google Glass que, através de um par de óculos, permite ao usuário tirar fotografias ou pesquisar na web. Já o ambicioso Projeto Loon, quer desenvolver a tecnologia capaz de conectar à internet pessoas em áreas remotas de todo o planeta. Isso ajudará a preencher lacunas de comunicação nos resgates em desastres naturais. Outro reflexo positivo será no acesso à educação para comunidades pobres que vivem isoladas.
Telefónica
A Telefónica implantou em Barcelona o primeiro Moonshot europeu, a sua subsidiária Alpha. Segundo a controladora, a prioridade é a invenção de tecnologias “que podem fazer do mundo um lugar radicalmente melhor”. A Alpha trabalha principalmente em projetos de médio e longo prazo com grande impacto social, especificamente em busca de soluções para resolver alguns dos principais desafios associados à saúde e energia.
Amazon
O Prime Air — uma espécie de drone para dinamizar as entregas de produtos — é o Moonshot da companhia de Jeff Bezos. Também chamado de “o zangão da Amazon”, ele tornará possível entregas mais ágeis (evitando o trânsito) e com menor custo por serem totalmente automatizadas, já que os equipamentos não necessitam ser operados por seres humanos. Em um teste realizado em dezembro de 2016, a companhia anunciou que o drone concluiu a entrega em apenas 13 minutos após a encomenda ter sido feita pela internet. Impressionante!
Além disso, a Amazon é uma das seis empresas que trabalham com a NASA e a Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos no desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de tráfego aéreo para integrar drones autônomos no espaço aéreo nacional.
SpaceX
Criador do PayPal, o visionário Elon Musk fundou, em 2002, na Califórnia, a SpaceX — dedicada a tornar possível a colonização de Marte. Parece loucura? Em 2012, a Dragon se tornou a primeira nave de uma empresa privada a chegar à Estação Espacial Internacional. “Eu gostaria de morrer em Marte, mas não no impacto”, disse Musk.
Quem conclui que o Moonshot Thinking é uma forma de pensar restrita a megacorporações de tecnologia está enganado. De que forma seu negócio pode se tornar algo 10 vezes maior, em vez de apenas 10%? Qual grande desafio da humanidade você está disposto a encarar? Que mudança radical será proposta? Qual inovação será necessária?
Fazer tais perguntas — e se engajar para respondê-las — é o que separa as mentes inspiradoras das medianas!
(*) Robson Almeida é gestor de conteúdos da Rock Content.
(**) Artigo originalmente produzido pela Rock Content. Clique e veja outros conteúdos Rock Content aqui
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