Blog do Pyr
O Facebook tem nossos dados. Agora nós podemos ter também.
As informações que a maior rede social do mundo tem sobre nós agora podem ser acessadas de forma aberta via browser.
O Facebook tem nossos dados. Agora nós podemos ter também.
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BuscarAs informações que a maior rede social do mundo tem sobre nós agora podem ser acessadas de forma aberta via browser.
Pyr Marcondes
5 de outubro de 2016 - 6h55
O projeto What Facebook Thinks You Like, da instituição sem fins lucrativos em pról do jornalismo ético ProPublica, permite que todo internauta tenha acesso aos conteúdos que a maior rede social do mundo destina a cada um de nós, sejam atividades, mensagens comerciais e publicitárias, marcas, conteúdos, etc.
Ela ainda está sendo testada e funciona acoplada ao Google Chrome. Sua função é monitorar os conteúdos e mensagens de comunicação que o Facebook serve para cada um de nós como sendo aquilo que, pelos dados que detêm do nosso perfil, deveria ser o que desejamos ver nos nossos feeds e timelines pessoais.
Em verdade, o próprio Facebook não esconde esses dados dos seus usuários. O que ProPublica deseja é entender melhor a reação dos próprios internautas em relação ao tratamento que recebem online de plataformas de dados, sendo o Facebook a mola-mestra da gestão de dados pessoais de internautas em todo o mundo.
Ressalte-se aqui que a maior parte desses dados foi aberta e despreocupadamente disponibilizada na rede de forma espontânea por parte dos próprios facbookers.
Esse experimento da ProPublica não para aí. Deverá se estender para outros grandes players e sua intenção, claramente política e social, é de tentar quebrar, de alguma forma, o código dos algoritmos dessas operações, tornando informações utilizadas por elas para distribuir conteúdos e publicidade para a população em geral.
A rigor, esses dados deveriam ser todos ser públicos por princípio ético. Mas não é bem assim que as coisas acontecem no mundo digital hoje em dia.
Não há crime algum ou nada a ser reprovado que operações online façam ofertas publicitárias a seus usuários, customizando-as segundo os dados de perfil que têm em seus bancos de dados. Em muitos casos, elas podem até ser muito bem vindas por sua adequação e pertinência.
O que ProPublica e cada vez mais gente em todo o mundo começa fortemente a criticar é a caixa preta. O desconhecimento de como esses dados são manipulados e utilizados, normalmente à revelia do conhecimento claro e aberto dos internautas. Ainda que eles tenham postado suas preferências, informações pessoais, dados cadastrais e até de consumo sem que ninguém os tenha obrigado a fazer isso.
Ignorar o uso desses dados e ser de alguma forma objeto de ações que desconhecem é a questão em questão.
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