Pyr Marcondes
12 de agosto de 2019 - 6h38
O primeiro Grand Prix a gente nunca esquece
Cegamos de emoção quando nossa propaganda sobe ao lugar mais alto do pódio.
Parece sonho, mas é um show de realidade.
Soa como música para nossos corações e, nesse momento, entendemos do que a música e seus acordes são feitos.
É esse o instante que derrota e repele nosso renitente complexo de país de segunda, de vira lata diante dos maiorais.
E é também esse o momento que mostra ao mundo o retrato de nossa real beleza.
Aí, torcemos como num estádio lotado em Domingo de clássico e somos fãs imortais de nós mesmos.
Grandes prêmios são para nossa nação criativa o aviso claro de que podemos. Um inequívoco anúncio protetor contra todas as nossas mazelas e dificuldades.
É justo e merecido comemorarmos essas nossas vitórias como quem comemora 100 anos de história.
Haverá sempre os que insistem em manchar nosso brilho e a alma dessa nação mais bela que habita em nós.
Mas nada, nem ninguém, corrompe a certeza de que, se vencemos antes, venceremos mais. E mais.
Nessa sala de troféus, que pertence aos craques que marcaram seus golaços, palavras e imagens ficarão para sempre.
Nela não entoamos tristeza.
Nela pintamos os muros e a memória de todos, mundo afora, compreendendo, afinal, que Grand Prix é mesmo nossa originalidade.
E assim e sempre, nesse campeonato, finalmente compreendemos que vencemos não os outros. Mas com dribles de placa, vencemos mesmo é nossas próprias adversidades.