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R/GA: campanha? Não, melhor criar logo um banco inteiro.

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R/GA: campanha? Não, melhor criar logo um banco inteiro.

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Blog do Pyr

R/GA: campanha? Não, melhor criar logo um banco inteiro.

A R/GA de certa forma dispensa apresentações por seu histórico de sucesso mundial. Mas nem sempre fica claro para todos que a empresa faz tempo pensa inovação como método.


9 de junho de 2017 - 10h11

Tenho trazido aqui neste espaço novos modelos de agência para inspirar o mercado e mostrar que nem só da verba de mídia vive o homem.

O job poderia ter sido uma campanha, mas a R/GA, que tem em sua proposta de abordagem mundialmente hoje o posicionamento de Business Transformation, resolveu ajudar o Bradesco a criar todo um novo  banco, mais em linha com as novas tendências digitais e tecnológicas do mundo financeiro hoje, invadido pelas disruptivas fintechs.

Este é o  primeiro pr0jeto de peso que a R/GA põe no ar e tangibiliza na prática no Brasil seu modelo de não olhar apenas as soluções de comunicação, mas o negócio do cliente em primeiro lugar e no seu todo. Para então construir, num olhar mais consultivo do que de intermediação (o nome “agência” implica no conceito de agenciamento, não?) um projeto de negócios. Neste caso, negócios interativos 2.0.

A agência vem atuando ao lado do Bradesco há dois anos na criação do next, o novo banco do Bradesco: “Acredito que seja importante se estruturar e fazer primeiro para somente depois, de maneira responsável, comunicar e dar escala a uma nova oferta de serviços”, afirma Fabiano Coura, SVP e Diretor Geral da R/GA no Brasil.

Ficou a cargo da R/GA atuar na consultoria estratégica, no pensamento de um propósito diferenciado para o público mais jovem, na definição dos produtos e serviços, no branding, no design de cada jornada, na criação de cada uma das interfaces, nas milhares de linhas de código do front e da integração com o core banking, na presença física do negócio e nas suas campanhas de comunicação. “No passado grandes negócios podiam ser construídos unicamente através de propaganda, mas hoje se constrói com uma combinação complementar de serviço, design e código. É um tipo de criatividade que acreditamos possa ter um impacto maior no crescimento e na transformação de empresas”, complementa o executivo.

Exatamente como a maior parte das consultorias, a empresa se propõe a lidar com o mesmo grupo complexo de problemas e oportunidades junto a seus clientes – problemas que, segundo a R/GA, estão além daqueles que a comunicação consegue resolver.

“Tentamos combinar todos os skills necessários para destilar essa complexidade em decisões de negócio e planos que levam em conta as fortalezas que muitas vezes nossos clientes já possuem diante de novos competidores, ou ainda sua capacidade de investimento para rapidamente implementar um novo modelo de negócios”, afirma Coura.

Segundo ele, o maior diferencial oferecido está no fato de que o trabalho de criação caminha quase que em sincronia com a estratégia, antecipando a prototipação, testando hipóteses e ajudando a quantificar as oportunidades.

“Não são raras as vezes que respondemos a um problema de negócios já entregando um protótipo, uma visão criativa para o futuro da empresa e um plano já recheado de ideias prontas para execução”, afirma Coura.

Sua tese é a de que seus clientes, em geral executivos C-Level acostumados com relatórios estratégicos densos e não tão práticos, se entusiasmam com esse approach, que muitas vezes é o ponta pé inicial que uma transformação mais profunda de uma empresa realmente precisa para acontecer.

Sobre o next, só para exemplificar na prática como é

Já disponível para clientes nas plataformas iOS e Android, o next é a nova plataforma financeira do Bradesco com propósito de produtos, serviços e experiência voltada para o público jovem. Sob o conceito “Faz Acontecer”, o next se propõe a atender necessidades de toda uma geração que tem o otimismo, o empreendedorismo e a vontade de realizar como prioridades na vida. De maneira independente da estrutura de marca do Bradesco, o objetivo é construir uma relação transparente com esses clientes e, de forma proativa, estimular a educação financeira para que possam equilibrar sua gestão do patrimônio com a capacidade de realizar seus sonhos.

No next, a oferta de produtos inovadores e serviços exclusivos é feita de maneira informal e sem intermediários, para garantir mais proximidade com os clientes. A proposta é oferecer uma experiência tão atrativa quanto as proporcionadas pelos demais produtos digitais que já participam ativamente de suas vidas. “A mudança de comportamento dos jovens e a forma como lidam com o dinheiro atualmente nos levou a não criar um banco digital, mas sim um banco para a Era Digital com o propósito de estimular um equilíbrio entre educação financeira e realização das ambições desse público”, explica Coura.

Porque só a R/GA é a R/GA.

A R/GA de certa forma dispensa apresentações por seu histórico de sucesso mundial. Mas nem sempre fica claro para todos que a empresa faz tempo pensa inovação como método. Seu posicionamento foi mudando ao longos dos anos, mas esse princípio nunca foi deixado de lado. E também não é de hoje que a companhia entrega soluções de negócios. Nike Plus é um exemplo com mais de uma década de vida e já era isso.

Se você tiver curiosidade de entrar no site da R/GA vai encontrar lá um deck de soluções que raramente encontramos numa apresentação de agências. É uma proposta de valor não replicável, mas ali há um deck inspirador de como uma empresa que presta serviço a grandes companhias pode pensar hoje.

No âmago e na alma de todas aquelas disciplinas está a preocupação de fomentar o valor da marca e não apenas prestar serviços a ela. De resolver os negócios da empresa-cliente, que nem sempre será tratada como um “anunciante”, já que nem sempre o serviço será uma campanha e nem sempre estaremos falando de exclusivamente anunciar nada.

É possível copiar a R/GA? Não. Vale a pena seguir o caminho da R/GA? Não. Cada caminho é único. Cada agência terá o seu. Importante é revisitar o modelo. E revisitar e revisitar de novo. e transformar a mudança numa dinâmica da permanência.

Fácil? Claro que não. Mas quem disse que seria?

 

 

 

 

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