Pyr Marcondes
7 de agosto de 2017 - 7h56
A ciência e a tecnologia sempre estiveram de alguma forma ligadas a publicidade. Mais recentemente temos acompanhado esse casamento na área de mídia, com as máquinas de fazer audiência bombando feito doidas. Robôs e algoritmos, em verdade.
Agora, algumas outras áreas da pesquisa científica se aprofundam no estudo e avaliação do consumidor, através de recursos que até bem pouco tempo não faziam parte do repertório da publicidade.
Estamos falando de tecnologias que, por exemplo, ao captarem e lerem as linhas da face de seres humanos, conseguem captar também insights como humor e disposição a compra. A leitura facial não é nova na nossa área, mas agora os recursos se sofisticaram e além de servirem para identificar pessoas, podem começar a ser utilizadas para aumentar a performance da comunicação e até das vendas.
Outra tecnologia que entra em campo é da leitura das ondas do cérebro. Os eletroencefalogramas são instrumentos clássicos da medicina para acompanhamento dos impulsos elétricos do cérebro. Agora estão sendo utilizados, no formato de aparelhos bem menores e móveis (wearables), para medir as mesmas ondas cerebrais, mas a serviço da comunicação e do consumo.
Dilatação das pupilas idem. Sabemos que quando gostamos de algo nossas pupilas se dilatam. Então, pequenos instrumentos adaptados a nossos olhos podem servir para pesquisa de likeability.
A nossa pele emite ondas magnéticas também quando estamos tristes, felizes, emocionados, excitados, etc. Agora, também através de sensores instalados na pele, pesquisadores começam a poder medir nosso comportamento como consumidores.
Com a expansão dos wearbales e das tecnologias de acompanhamento biológico humano, inclusive com implantes de chips no próprio corpo humano, a publicidade vai ganhar ferramentas de pesquisa e medição das nossas vontades e preferências como nunca vimos antes.
E a technopublicidade, se assim podemos chamar. Vamos ver onde isso vai dar.