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5G e Edge Computing: a disrupção ainda está por vir!

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5G e Edge Computing: a disrupção ainda está por vir!

Em todo o mundo, projetos de cidades inteligentes, as smart cities, preveem a implantação de dispositivos que monitorarão e gerenciarão diversos serviços essenciais em uma cidade, tais como energia elétrica, abastecimento de água, tratamento de esgotos, engenharia de tráfego, entre outros.


29 de novembro de 2019 - 7h40

 

Por Dane Avanzi (*)

Muito se fala nas velocidades ultra rápidas que as redes 5G proporcionarão aos seus clientes em todo o mundo. A tecnologia será um divisor de águas por viabilizar a transferência de grandes volumes de dados, em tempo recorde no ambiente de IoT – Internet of Things, que revolucionará as cidades, a indústria, o agronegócio, enfim, a vida cotidiana de bilhões de pessoas em todas as partes do mundo.

O que pouca gente conhece é a infraestrutura de servidores, torres, antenas, fibra ótica, satélites e nano satélites que suportará a nova WWW – World Wide Web, a rede mundial de computadores. A maioria das pessoas também não conhece a infinidade de sistemas necessários para que uma simples chamada de voz ou mensagem de texto seja enviada com sucesso.

Na agroindústria, por exemplo, a revolução também chegará através de integrações e convergência de sistemas de TIC’s – Tecnologia da Informação e Comunicação. As plataformas de telecomunicações se integrarão para viabilizar as demandas de dados e voz, permitindo que a combinação de vários serviços, como radiocomunicação digital, telemetria, satélite, 3G e 4G, viabilizem as demandas crescentes da indústria 4.0 no campo. O conceito multi networking, ou seja, de múltiplas redes trabalhando conjuntamente, é uma das prerrogativas da Internet das Coisas.

O advento da IoT, implantará bilhões de dispositivos na rede, que suportarão APP’s – Application, das mais diversas aplicações. Em todo o mundo, projetos de cidades inteligentes, as smart cities, preveem a implantação de dispositivos que monitorarão e gerenciarão diversos serviços essenciais em uma cidade, tais como energia elétrica, abastecimento de água, tratamento de esgotos, engenharia de tráfego, entre outros.

Hoje, os dados coletados por computadores e smartphones são armazenados e enviados para a nuvem, que, na verdade, é um nome poético e bonito para designar uma vasta gama de servidores que processam e guardam muita, mas muita informação. Com a entrada de mais alguns bilhões de dispositivos advindos de infinitas aplicações e serviços de IoT, os atuais computadores não darão conta da demanda.

E é aí que surge uma nova arquitetura de rede denominada Edge Computing. Essa nova arquitetura de rede descentralizará o armazenamento, processamento e gerenciamento de dados, e atuará integrada a plataformas de Big Data, Inteligência Artificial e Blockchain, de modo rápido e eficaz. Para mitigar problemas de latência (atrasos no tráfego de informação), será necessária uma nova topologia de rede, permitindo que a informação processada de forma local seja diferente do que é hoje.

Nesse contexto, o caminho para serviços inteligentes e eficazes que ocorrerão via 5G, nano satélites e outras inovações de telecomunicações, terá um caminho a ser percorrido até que essa realidade se concretize. As perspectivas são ótimas, sendo certo que demandará esforços de planejamento e estratégia dos times de TIC’s para adequar a estratégia do negócio a um roadmap de inovação sólido, estruturado e estável.

(*) Dane Avanzi é advogado, empresário de telecomunicações e Diretor do Grupo Avanzi.

 

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