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9 coisas que preciso te contar sobre apps

Um guia rápido e prático com conceitos e ideias sobre o mercado de aplicativos: "Após quase uma década envolvido na concepção, criação e desenvolvimento de pouco mais de 850 aplicativos, eu gostaria de te contar 9 coisas sobre eles e fazer 1 pequeno pedido."


28 de junho de 2017 - 7h51

Por Leo Xavier (*)

Os aplicativos, ou apps ou os (famigerados) a-pê-pês, são hoje a maior expressão de mobile marketing e da economia criativa.

Após quase uma década envolvido na concepção, criação e desenvolvimento de pouco mais de 850 aplicativos, eu gostaria de te contar 9 coisas sobre eles e fazer 1 pequeno pedido.

Respire fundo e vamos lá.

1. O que é um app mesmo?

Uber é um app. Waze é um app. WhatsApp também. Certo?

Bem… médio. Um app é a materialização de um serviço de uma empresa.

Uber, Waze e Whatsapp, não são Apps, mas sim grandes e fundamentais serviços de grandiosas empresas.

Portanto, não pense no app como o negócio em si. Sua empresa é maior que seu app, sempre.

2. Apps não são tão novos assim

Pensemos no que caracteriza um aplicativo como conhecemos hoje: 1. Uma tela conectada, 2. Um bom desenho de experiência do usuário, 3. Uma bela interface e 4. A entrega de um serviço, uma solução.

Agora, olhe para imagem abaixo e me diga o que você vê:

Sim, uma tela conectada, com usabilidade intuitiva, uma razoável interface e entrega um serviço bem valioso. Logo, um aplicativo.

Claro que não dá para levar um ATM no bolso, mas os conceitos estão ali. E veja, desde 1972, data em que se registra o nascimento do primeiro ATM como conhecemos.

Portanto, verdade seja dita, aplicativos não são uma invenção tão recente assim, tampouco surgiram com o advento dos smartphones ou das app stores.

3. Faça as perguntas certas

Nesse tempo todo que estou envolvido com aplicativos, as três perguntas que mais ouvi foram: Custa muito caro? Demora muito fazer um app? Posso fazer só iOS?

No lugar disso, sugiro que pergunte: Por que? Para quem? Para quê?

Sempre use essa régua quando pensar em fazer um aplicativo. Questione por que alguém baixaria seu app, quem faria isso e, por fim, para quê o usaria.

Lembre-se que muitas vezes um bom site móvel pode entregar boa parte da experiência de um app, inclusive com algumas vantagens, como: ser mais rápido e barato de desenvolver, ter manutencão mais simples, cobertura mais ampla, não depender de downloads e ser imune as diversas atualizações dos sistemas operacionais.

Importante lembrar dos chatbots, que também se apresentam como ótima alternativa aos apps, reunindo muitas das vantagens apontados acima.

4. O mundo está cheio de Apps/Continue fazendo Apps

Saiba que seu app vai disputar espaço com outros 4.2 milhões de opções nas duas principais app stores. Fora isso, difícil mesmo será estar entre os 9 apps usados, em média, diariamente pelas pessoas ou até mesmo entre os 28 usados ao longo do mês.

Para tornar as coisas mais complicadas ainda, saiba que mesmo após ser baixado, as chances de seu app continuar a ser utilizado são bem pequenas, como abordo neste artigo.

Então, você deve estar pensando, “não devo fazer um app”?

Calma lá.

Aplicativos ainda serão muito baixados nos próximos anos e serão através deles que haverá grande parte das interações entre marcas, produtos e serviços com seus consumidores. Até mesmo porque, ainda será o smartphone o mais pulverizado e poderoso dispositivo de conexão digital.

Sim, poder aos Apps.

Veja o delicioso filme da Apple sobre o tema:

5. O paradigma do Waze

É muito conhecido o mantra “always Beta” no mundo da tecnologia, que prega que seu produto deve estar sempre em constante evolução.

Claro que é um bom e poderoso conceito, porém eu prefiro usar o que chama de Paradigma do Waze.

Explico: o Waze existe há 10 anos, tem um time invejável de engenheiros e recursos milionários. É um produto global, robusto e maduro. Mesmo assim, nos últimos 10 meses, ele teve 15 (!) releases, sendo algumas funcionais e várias focadas em correções e melhorias.

O que tiramos daqui?

Bem, primeiro que não há produto perfeito, que é preciso melhorar sempre e frequentemente. Segundo, que é absolutamente natural que existam bugs e problemas a cada release. Logo, ser ágil e intenso nas correções e melhorias é que vão garantir a evolução de sua aplicação. Mais “always Beta” que isso, impossível.

6. A Matriz Evolutiva da Mobilidade

Em artigo recente, tratei do caminho para se estabelecer uma estratégia mobile em três passos: Criar Presença, Desenvolver Ferramentas e Promover Experiências.

Somado a isso, importante notar que aplicativos (salvo exceção de games e redes sociais) são facilmente distribuídos em três tipos: Conteúdo, Serviços e Transacionais.

A Matriz Evolutiva de Mobilidade surge aos dispormos os três passos na horizontal e os três tipos na vertical.

Se distribuirmos ao longo da matriz os 50 aplicativos mais usados pelos brasileiros (a partir de ranking nas app stores) vamos notar o seguinte:

1. Muito embora fossem a maioria na primeira onda do mercado, são atualmente raríssimos os apps de Presença e Conteúdo. O valor percebido desse tipo de App é baixo e a mobile web se encarrega de atender o consumidor em busca de conteúdo.

2. Há uma grande concentração de apps de oferecem Ferramentas (ou utilidades) como Serviços. Em geral, são estes os apps que mantemos instalados e usamos com maior frequência. Desafio aqui é se destacar no mar sangrento de opções.

3. Ainda são poucos os apps Transacionais, seja em Ferramentas ou Experiência. Mesmo que os acessos à web sejam cada vez mais mobile e aconteçam, sobretudo, em aplicativos, ainda há um desafio claro para garantir processos simples e intuitivos que elevem a taxas de conversão aos níveis da desktop web.

4. Por fim, aplicativos que promovem Experiências, seja em Conteúdo, Serviços ou Transação, ainda também são pouco presentes. O complexo aqui é ter um pensamento originalmente inovador e se ocupar em construir soluções encantadoras para os clientes e consumidores, sendo capaz de redefinir ou resignificar a entrega de serviços e conteúdos. É neste espaço, que startups se destacam, ao desafiar os players estabelecidos e se esmerar em criar experiências incomparáveis.

7. O ecossistema pessoal

Nesse ponto eu te convido a fazer um exercício. Peço que reúna dois amigos (de preferência possuidores de iPhone e Android) e anote os apps que cada um de vocês mais usa para: se locomover na cidade, consultar mapas, saber a previsão do tempo, pedir comida, reservar um restaurante, editar uma foto e acompanhar notícias sobre seu time do coração.

Tenho certeza que não haverá consenso, que cada um terá o que chama de Ecossistema Pessoal de Aplicativos.

Isso é muito importante, principalmente porque demostra que cada um tem uma rede específica de Apps para resolver suas necessidades e problemas do dia a dia. Com o tempo, cada vez mais apps farão parte desse ecossistema e cada vez menos você se perceberá recorrendo à web móvel.

Juntamente com este movimento, entendemos a força da aplicatização na relação entre marcas/produtos/serviços e seus consumidores.

8. A voz, não esqueça da voz

Vivemos ainda dentro de um pensamento baseado em interfaces gráficas, focadas em cliques nos desktops e toques nos smartphones.

Segundo estudo do Google, 55% dos teens e 41% dos adultos norte-americanos fazem buscas por voz mais de uma vez por dia.

Esse número do cresce explosivamente nos últimos 12 meses e impõe uma nova realidade: será a voz a grande nova coisa como interface homem-máquina.

Novo mapa de jogo para arquitetos e designers, que terão de agregar ao seu repertório a voz como auxiliar ou até mesmo protagonista em toda usabilidade nos produtos digitais.

Muda também muita coisa para os especialistas em SEO, Inbound e Content Marketing.

9. Pense apps como aplicações e não aplicativos

É um exercício simples que vai garantir um maior desprendimento do seu mapa mental.

Ato contínuo, você vai perceber que não se limitará imaginar apps para smartphones como conhecemos hoje e se verá pensando em outras formas de se relacionar com consumidores no ambiente mobile, seja através de um site, um game, um chatbot, um dispositivo conectado ou uma experiência em realidade virtual.

9+1. A-Pê-Pê é a irmã da Neném, tá?

Só isso mesmo. 😉

(*) Leo Xavier é CEO & Founder at Pontomobi Linked by Isobar

 

 

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