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A revolução está chegando ao varejo

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A revolução está chegando ao varejo

Em 2017, cerca de 12 mil lojas foram fechadas nos Estados Unidos e as grandes empresas perceberam que a equação de custos já não gera os mesmos resultados 


15 de janeiro de 2018 - 10h56

Por Manuel Guimarães (*)

Todo mês de janeiro, o varejo mundial se reúne em Nova York para o Big Show, o maior evento do setor no mundo. Promovida pela National Retail Federation (NRF), a convenção apresenta as principais inovações tecnológicas e reflete as mudanças estratégicas que o mercado atravessa.

Este ano, o evento acontece sob o impacto do aumento da competitividade no varejo americano e pela presença cada vez mais relevante da Amazon, que respondeu por metade do crescimento do e-commerce daquele país no ano passado. Os impactos do “apocalipse do varejo” também serão discutidos, já que, em 2017, cerca de 12 mil lojas foram fechadas nos Estados Unidos e as grandes empresas perceberam que a equação de custos já não gera os mesmos resultados: o aumento das vendas online reduz a necessidade de espaços físicos e gera impactos não somente no tamanho das redes varejistas, mas também no setor de shopping centers.

Como uma das poucas startups brasileiras presentes no evento, a Propz acompanhará de perto os debates sobre as transformações do setor. Algumas questões importantes, que deveriam estar na sua agenda neste momento, são:

Omnichannel: a integração entre online e off-line é cada vez mais real. Os consumidores querem ser percebidos como únicos e as operações de varejo precisam ser capazes de enxergar o cliente em qualquer ponto de contato. Isso exige investimento em tecnologia, tanto para acompanhar a jornada do cliente quanto para dar às equipes de venda a condição de realizar um atendimento mais qualificado;

Inteligência Artificial (IA): machine learning e bots ganharam projeção nos últimos meses e continuarão a se destacar na agenda de transformação do varejo. A automatização de uma série de tarefas (como os níveis básicos de atendimento ao cliente) e a coleta de dados tornarão o varejo mais ágil, eficiente e preciso. A captura de informações e sua aplicação nas atividades do setor fazem com que as empresas ganhem insights a respeito do comportamento dos clientes e seus hábitos de consumo;

TI no centro do negócio: uma consequência importante desse movimento é a colocação das atividades de TI no centro do negócio. Hoje, não é possível gerenciar uma operação de varejo sem tecnologia, mas nos próximos anos será preciso trazer a área de TI para as discussões estratégicas. Em vez de um suporte ao crescimento da empresa, a TI passará a ser um catalisador desse crescimento;

As startups: a aceleração do ritmo de inovação no varejo, aliada às estruturas ainda rígidas da maioria das empresas do setor, tem criado grandes oportunidades para startups que, percebendo as necessidades dos consumidores ainda não atendidas, tragam soluções. Varejistas inovadores já perceberam que as startups oferecem uma agilidade incomparável para o desenvolvimento de soluções e estão atuando em parceria com essas empresas para crescer mais rapidamente.

O varejo passará por grandes transformações nos próximos anos, isso é certo. A grande incógnita é como sua empresa se posicionará em relação a essas transformações: estará na linha de frente, correndo riscos e colhendo resultados? Ou ficará para trás e correrá o risco de ser esquecida pelos consumidores?

(*) Manuel Guimarães  é CEO da Propz     

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