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A sua empresa, até quando? Ou os desafios do empreendedorismo

Para os mais conservadores, digamos, esse frenesi de poder ter várias empresas ao longo da vida é considerado falta de foco, DDA, síndrome do pensamento acelerado e etc


29 de outubro de 2015 - 10h47

Por Alon Sochaczewski (*)

Até 10 anos atrás, ter a sua empresa era um projeto de vida – o projeto. Hoje é um de vários dos projetos da sua vida.

Para os mais conservadores, digamos, esse frenesi de poder ter várias empresas ao longo da vida é considerado falta de foco, DDA, síndrome do pensamento acelerado e etc.

Mas não é.

O que você precisa para empreender hoje no mundo digital? Seja você publisher, programático, agenciador, tecnológico, e-vendedor ou qualquer grão profissional deste universo em expansão? Capital? Um escritório? Um bom contador?

Entramos na era da quase nenhuma barreira para empreender. Uma boa ideia, aí sim – com bastante foco, perseverança, resiliência e uma habilidade de boa execução é a formula certa para o seu primeiro passo. Não é assim que vemos em todas as histórias dos primeiros passos de quem venceu o primeiro round?

O primeiro round.
A empresa cresce, cresce, cresce e normalmente rápido. O boca a boca de indicações, clientes novos, a equipe trabalhando 14 horas por dia, coisa louca, faturamento aumentando, a hipófise bombando e o tempo passando, 3,6, 12 meses, 1, 2 anos até que começam a aparecer aquelas coisas chatas, caretas, mal-humorada que entram de repente no meio desta festa. Uma mudança de estado físico e começa a solidificar tudo: o fluxo de caixa, a contabilidade, os impostos, a legalidade do produto, da marca, da vida da empresa e a caretice chega sem aviso e não sai mais. Fim do primeiro ato.

O segundo round.
A agenda do dia parece timeline do Facebook, noticia de um crime num post, o novo vídeo do Porta dos Fundos, meme engraçado, a nova taxa Selic, reunião com cliente (thumbs up), reunião com o pessoal de produto (thumbs up), reunião com o financeiro (thumbs down), reunião com gerente do banco (thumbs down down) e assim por diante.

O tempo que passava rápido desacelera, cliente atrasa o contrato – atrasa o faturamento, que impacta o fluxo de caixa, chega um e-mail de um prospect (O prospect) e assim segue o início da segunda onda.

Bipolaridade empresarial mesmo. Muitos sentimentos diferentes ao longo dia, mas a certeza de uma mente cansada e ainda feliz no final do dia.

O terceiro round.
Começam a chegar os interessados pela sua empresa. Pessoas de todos os tipos. BFF, amigos, amigos de amigos, inimigos, fundos (de todos os tipos) e grandes empresas. 

Um tiroteio de perguntas: Coerentes, non sense, profundas, ridículas e assim vai. Isso tudo rolando naquela timeline do Facebook.

Começam a chegar propostas de sociedade de todas as formas e modelos. E agora, você pensa: empresa indo bem, fluxo de caixa apertado, grandes oportunidades pela frente e medos também.

Agora é hora de ter um sócio? De vender a minha empresa? Posso vender melhor um pouco mais para frente? Decisão difícil…

O quarto round.
Não há mais dúvida: é hora de vender. O seu negócio é uma engrenagem que serve num motor maior. Faz todo sentido aumentar a potência e acelerar junto. Eu disse junto.

A empresa nasce, cresce e casa. Vira “nossa empresa” e, dependendo, vira a “empresa deles”.

Fim. Ou começo?

Início, meio e fim.

Fim de um ciclo que se iniciará novamente.

Essa é a nova economia. É o novo comportamento empresarial. Criar, vender, comprar, juntar e crescer.

Concorda? Em partes? Discorda?

Ótimo. Consulte sempre um advisor 🙂

(*) Alon Sochaczewski é sócio fundador da Pipeline, empresa de business advisoring e M&A. www.pipelineos.org

 

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