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Blockchain: gerenciador de segurança pode atingir importância social determinante
Professor da FGV, André Miceli diz que tecnologia veio pra ficar e pode ser utilizada em todas as áreas da sociedade
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Pyr Marcondes
7 de maio de 2018 - 8h01
Como o nome sugere, blockchain é uma corrente de blocos em que cada peça contém um conjunto de informações. Essa simplificação trata sobre essa tecnologia muito debatida e ainda pouco compreendida por profissionais de várias áreas. Por gerar tantas inquietações, o tema não poderia ficar de fora da segunda edição do .Futuro | Rio, que será realizado nos dias 17 e 18 de maio, no Rio de Janeiro. O professor e coordenador do curso de MBA de Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli, pretende esclarecer e deixar o assunto um pouco mais simples em sua apresentação no evento.
De maneira didática, Miceli usa uma figura simples para explicar a tecnologia. “Vamos supor que uma pessoa faça um pagamento para outra. Comparando de maneira mais simples, funciona como um livro caixa, em que se escreve de onde o dinheiro saiu, para o lugar que ele foi e a quantidade. Uma das aplicações no blockchain é armazenar exatamente esse conjunto”.
No .Futuro | Rio, Miceli contará a grande sacada: entender o contexto do blockchain, um gerenciador de confiança. Segundo ele, é fundamental para um gestor saber as possibilidades de uso do blockchain na sua indústria. Mais importante do que o funcionamento propriamente dito. “O blockchain ajuda, por exemplo, a construir contratos auto-gerenciados. Imagine que você tem uma relação com o seu provedor de acesso onde está estabelecido que se a internet ficar desabilitada, você paga menos. Supondo que em um determinado mês você ficou três dias sem acesso, se uma solução de blockchain estiver sendo utilizada e isso estiver armazenado, é possível criar contratos que acessem essa informação e já geram a fatura, levando em consideração o tempo que a internet ficou fora”, explica.
Para Miceli, o blockchain é uma das tecnologias mais importantes que apareceram nos últimos tempos. Mesmo podendo ter modificações, ele diz não ter nenhuma dúvida de que se trata de algo que veio para ficar, por ser algo possível de ser utilizado em todas as áreas da sociedade.
“O grande impacto na sociedade é que ele vai garantir ou aumentar as possibilidades de que qualquer contrato seja cumprido efetivamente. Permitirá, por exemplo, a utilização dos tributos arrecadados pelo governo para fins corretos. Em uma situação hipotética, os que são destinados à saúde terão que ser gastos lá e isso vai estar livre, aberto, para que as pessoas consultem. A tendência é que o mundo se torne mais transparente, mais auditável. Por isso que eu uso tanto a analogia de um gerenciador de segurança”, conta.
A tecnologia foi criada para ser utilizada com Bitcoin e, na sequência, associada ao Ethereum. Agora, o professor da FGV acredita que a tecnologia irá avançar, conquistar importância social e até política, permitindo ser uma forma das pessoas voltarem a admirar e respeitar os governos de seus países.
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