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Como a inteligência de dados ajudará a produzir e consumir melhor
Em um mundo que sofre com o desperdício, aprender a gerenciar pode fazer a diferença e reduzir os impactos causados pela produção industrial no meio ambiente
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26 de junho de 2018 - 15h18
Por Paulo Henneberg (*)
A inteligência de dados é uma ferramenta relativamente nova, cujo potencial avança a cada dia e ganha espaço nas empresas, principalmente no mercado varejista. Os hábitos dos consumidores, seja no mundo real ou virtual, se transformam em dados que podem ser captados de diversas maneiras e têm se tornado uma verdadeira joia para quem sabe lidar com eles. Um exemplo é a varejista americana Macy’s, que trabalha com cerca de 73 milhões de produtos, e gera relatórios com informações sobre isso a cada 26 horas, utilizando dados coletados em suas lojas.
Segundo o Gartner, mais de dois milhões de dados são criados a cada dia no mundo. Se bem explorados, podem fornecer insights importantes para tomadas de decisões em diversas frentes. Uma das primeiras áreas a perceber isso foi o marketing. Um estudo realizado pela Global DMA e pela consultoria Winterberry Group revela que 73% dos profissionais brasileiros acreditam que o marketing orientado por dados tem grande representatividade nos negócios.
Analisando dados que podem ser captados de diversas maneiras, é possível prever o comportamento do consumidor, entender o que o levou a concluir ou desistir de uma compra, o que fazer para fidelizá-lo e garantir que a marca seja sempre lembrada.
Um exemplo de como essa análise de informações pode ser assertiva foi contado no livro “O Poder do Hábito”. Ao fazer análises para antecipar comportamentos de seus consumidores, outra grande empresa varejista norte-americana conseguiu prever antes da própria família que uma mulher estava grávida, tamanha a assertividade da análise do comportamento da consumidora, que parou de comprar absorventes femininos e passou a ser mais interessada em produtos que indicavam uma possível gravidez. É por isso que a análise de dados é tão promissora e tem sido amplamente adotada pelos varejistas.
Porém, a análise de dados vai muito além de proporcionar uma experiência melhor ao consumidor. Também pode ajudar toda a cadeia de produção a trabalhar melhor e de maneira otimizada. Ao analisar dados, é possível saber, por exemplo, se o solo está propício ao plantio de determinadas sementes, se precisa de adubação ou se possui a umidade adequada. Assim, é possível não só aproveitar melhor os recursos naturais, como produzir mais e melhor. Além disso, as ferramentas analíticas também permitem controlar melhor condições de armazenagem e transporte, e consequentemente, reduzir custos e otimizar a distribuição.
Um outro impacto da inteligência de dados sobre o consumo será no desenvolvimento de novos produtos, já que os avanços nessa área ajudam a prever a aceitação de um lançamento antes que ele seja produzido. Com isso, a indústria deixa de investir na fabricação de produtos fadados ao fracasso.
Usar a inteligência de dados também ajudará a se preparar para as demandas de forma mais assertiva e, assim, não só controlar a produção para evitar perdas como também administrar melhor os bens já produzidos. Em um mundo que sofre com o desperdício de alimentos e matéria prima, aprender a gerenciar produções e consumo pode fazer a diferença e reduzir os impactos causados pela produção industrial no meio ambiente.
(*) Paulo Henneberg field marketing manager da Hitachi Vantara
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