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Como o mercado O2O está revolucionando o comércio local

A essência do O2O (online-to-off-line) é utilizar ferramentas online, e particularmente móveis, para impulsionar as empresas cuja natureza vem do off-line


14 de dezembro de 2015 - 4h57

Por Arthur O’Keefe (*)

Não é novidade que a internet causou o efeito paradoxal de globalizar e localizar o mundo. A maior rede que já conhecemos está derrubando fronteiras para criar uma economia verdadeiramente ilimitada, ao passo que também revoluciona e revitaliza o comércio local.

O aumento de dispositivos móveis e serviços baseados em localização impulsionaram a ascensão do mercado online-to-off-line (O2O, também conhecido como "sob demanda"), caracterizado por transações de serviços e produtos que têm início no meio virtual e terminam no meio físico, atendendo a necessidades específicas da população de determinada região. E esse hábito está transformando a maneira como as pessoas fazem compras.

A essência do O2O é utilizar ferramentas online, e particularmente móveis, para impulsionar as empresas cuja natureza vem do off-line, ampliando a oferta de serviços que, anteriormente, não eram acessíveis à distância, para o meio online. Por exemplo, o Uber une passageiros e motoristas que antes não conseguiam se conectar. Sites como iFood, JustEat e Postmates permitem que restaurantes locais ofereçam seus cardápios online e realizem entregas. E empresas como Helpling e GetNinjas garantem que as pessoas encontrem faxineiras e ‘maridos de aluguel’ para as suas tarefas domésticas.

O O2O reduz os obstáculos entre clientes e empresas, além de mobilizar uma potência de trabalho inexplorada – motoristas, entregadores, domésticas – fazendo com que as pessoas complementem a renda, empresários ampliem seus negócios e certas operações eliminem suas lojas físicas.

Apesar de muitos desses produtos e serviços estarem presentes na web, a atividade está focada nos dispositivos móveis, o que amplia, ainda mais, a conveniência. Normalmente, os clientes utilizam as plataformas de O2O porque precisam de algo com urgência e, muitas vezes, estão na rua, no trabalho ou em festas com os amigos, e não à frente de um computador. Além disso, a tela pequena dos dispositivos móveis estimula os desenvolvedores a otimizarem a experiência dos usuários, minimizando os cliques até o fim do processo.

Outro ponto relevante é o fato de aparelhos celulares e tablets oferecerem múltiplos graus de personalização, reunindo dados baseados em localização, bem como preferências. Isso gera maiores taxas de conversão, uma vez que as soluções para a busca de cada usuário passam a ser mais padronizadas, tornando a experiência única e movimentando o mercado de O2O.

O O2O também está revolucionando o comércio local das cidades ao possibilitar que os lojistas concentrem-se nas vendas, fornecedores, funcionários etc. Todo o resto é feito online. É por isso que o mercado de O2O assume, de certa forma, a responsabilidade pela fidelização do cliente, o que facilita muito a rotina dos proprietários de pequenas empresas que não são especialistas em marketing, nem têm recursos significativos para gastar com atendimento personalizado.

Talvez o maior benefício para o comércio local é que aplicativos sob demanda permitem que empresas físicas analisem o comportamento do cliente de uma forma que somente os comerciantes digitais podiam fazer no passado. Empresas do setor de O2O podem seguir a trilha digital de cada cliente e adquirir uma visão mais aprofundada sobre seus próprios negócios — o que funciona, o que não funciona e onde podem melhorar. Com um aplicativo, uma cafeteria de bairro pode acessar as mesmas informações que permitem que grandes sites de comércio eletrônico adaptem anúncios, descontos e outras ofertas.

A próxima geração de empresas O2O aproveitará esses benefícios com maior foco na personalização e em ofertas com direcionamento geográfico. Elas utilizarão dados que ajudarão a entregar aos clientes exatamente o que eles precisam, independentemente de onde estiverem. E, assim como cresce a demanda por esses serviços, também crescerá o número de empresas nesse setor. O O2O pode até ser considerado uma indústria emergente, mas está ganhando força rapidamente e será responsável por redefinir o significado de fazer compras, tanto local quanto globalmente.

(*) Arthur O’Keefe é CFO da Movile
 

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