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Empreendedorismo colaborativo afeta o valor percebido das marcas
Apoio e envolvimento com pequenos projetos passa a ser uma das assinaturas da personalidade das marcas
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8 de setembro de 2016 - 9h44
É um fato: todo grande problema é só uma combinação de pequenos problemas. Então, para resolver um grande problema você precisa dividi-lo em pequenos pedaços. Identificar as pequenas partes do problema e encontrar as pessoas certas para resolvê-las era uma tarefa lenta e complicada até pouco tempo atrás, mas várias tecnologias (não só digitais) surgiram nos últimos anos, dando início a um movimento global de empreendedorismo social coletivo, com pessoas dedicadas a solucionar problemas de maneira colaborativa e ágil.
É muito fácil perceber que o Uber ou o AirBnb mudaram a sua vida para sempre, mas é preciso compreender também que não fazem parte de uma economia colaborativa real, pois são apenas agregadores de prestadores de serviços. Colaboração vai muito além disso: significa trocar experiências e necessidades.
Mas porque isso deveria interessar a você? A resposta mais simples: porque esse é o futuro da mídia e dos negócios. Pense na sua carreira não mais como apenas uma ficha ou um currículo, mas como uma sequência de eventos de interação humana, sendo que o mesmo se aplica para seus negócios. A história que você conta passou a ser mais importante do que a sua lista de recursos ou habilidades. As marcas já entenderam que as narrativas das campanhas devem estar alinhadas com a vida dos consumidores e que o storytelling é obrigatório.
Marcas e agências precisam enxergar rapidamente que se associar e apoiar iniciativas de empreendedorismo social é essencial para criar vínculos duradouros numa cadeia de valor que não era viável até recentemente. Engajar consumidores de maneira autêntica em torno de um projeto é muito mais barato e mais simples do que uma campanha completa, ainda que pouco explorado como plataforma de marketing.
Uma das iniciativas que mais chamam atenção atualmente é a abeLLha, um ecossistema voltado para potencializar projetos sociais gerando uma rede de suporte. A fundadora do projeto é a empreendedora Ana Julia Ghirello, do time fundador do Bomnegocio. Tudo gira em torno de resolver problemas e tirar ideias do papel colaborativamente.
“O primeiro passo é colocar as ideias no papel: descreva o que quer resolver e que talentos você mesmo tem para fazer isso, e pensa quem poderia ajudar para fazer o que você não é capaz de fazer”, explica Ana Julia. Ou seja, o foco do empreendedorismo colaborativo é a busca por talentos complementares e, para isso, a abeLLha criou o GoodPeople , um app onde as pessoas podem buscar projetos e talentos, cujo co-fundador é o sueco Maxim Kejzelman: “O que gostamos de fazer é conectar pessoas e criar relações fortes, ajudá-las a achar seus propósitos de vida. Quando as pessoas acreditam num projeto, elas querem ajudar de alguma maneira”.
Alinhada com isso, há outra iniciativa inovadora: a Empowerment Works, organizadora do Global Summit http://theglobalsummit.org , evento que teve sua edição brasileira no Rio após as Olimpíadas. A criadora do evento é a arquiteta social Melanie St. James, que crê que “é preciso conectar diversos parceiros de maneira transparente e verdadeira, onde empresas e pessoas podem atuar juntas na solução de problemas”. Melanie acredita que “a inspiração para sonhar grande é necessária para que as pessoas se sintam motivadas a agir para conseguir resultados positivos em qualquer atividade”.
Então, nesse novo contexto, como seria a narrativa do seu perfil profissional? Que história sua marca contará aos seus consumidores a partir de agora? Isso irá determinar de que a maneira as pessoas percebem o seu valor no mundo.
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